Ontem, quarta-feira, 20 de março às 0h06 iniciou o Outono. O termo vem do latim, “tempus autumnus”. No português é “tempo do ocaso”, referindo ao pôr do sol, no sentido de “declínio”. Nesta estação do ano, as temperaturas mais quentes e a umidade do ar tendem a diminuir. Gradualmente, os dias se tornam mais frios e secos. Na Astronomia, o Equinócio de Outono é o fenômeno que faz com que o dia e a noite tenham a mesma duração, 12h. Em 2024, o Outono vai se prolongar até o dia 21 de junho às 17h51, com a chegada do Solstício de Inverno, outro fenômeno que proporciona a noite mais longa do ano. Na natureza, observa-se que as folhas de muitas espécies de árvores ficam amareladas ou avermelhadas e caem, como uma estratégia de proteção contra o frio que se aproxima, reduzindo assim o gasto energético. Também, na poesia, “outono” é o período da vida onde a pessoa reflete e se prepara à velhice. Pessoalmente, lembro-me do período no qual calculava se tinha ou não chegado à metade dos meus dias de vida. Isso já faz um bom tempo. Com certeza, hoje incluo-me na prece de Moisés: “Senhor! Ensina-me a contar os meus dias a fim de que alcance um coração sábio” (Salmo 90.12).
De 1978, “Fé” com Roberto Carlos.