Entre “dizer que é e de fato ser” há uma enorme diferença! Na minha juventude admirava o goleiro João Leite do Atlético Mineiro. Numa época onde poucos assumiam publicamente sua fé, ele tinha hábito de, ao entrar em campo, levar consigo uma Bíblia, entregando-a ao arqueiro adversário. Era um testemunho frequente, mas pouco comentado. O atleta mesmo não fazia questão de divulgar. Dava o seu testemunho, do seu jeito, sem alarde. Hoje existem muitos jogadores que assumem publicamente a fé. Alguns fazem questão de usar debaixo da camisa do time, outra com afirmações de fé, erguendo e mostrando diante das câmaras nos “golos” que fazem. Mas, como diz o ditado: Nem tudo o que brilha é ouro! O testemunho diário do atleta precisa combinar com suas declarações esporádicas feitas diante das câmaras. A fé não é apenas aparência. Ela mexe com o caráter. Certo jogador – considerando craque – em entrevista na entrada do campo afirmou: Se DEUS quiser vamos ganhar o jogo e a copa. Nos minutos iniciais, em jogada de mestre, ele marcou um tento. Ao comemorar, de joelhos, apontou aos céus. A galera vibrou. Em seguida, numa disputa mais forte levou um cartão amarelo. Não reclamou apenas estendeu a mão ao adversário. No segundo tempo, após o adversário virar o jogo, ele “simulou” um pênalti, reclamando com veemência que não foi marcado. Levou outro cartão - agora vermelho - e foi expulso. Na saída, para fechar sua participação, ofendeu o juiz. O testemunho inicial foi todo por água abaixo. Mesmo assim, a galera se revoltou com o juiz, dando razão ao atleta. Nem todos percebem com clareza a diferença em dizer e fazer. Infelizmente, vivemos um cristianismo muito de aparência. Jesus mesmo ensinou que uma árvore é conhecida pelos seus frutos. Seja dentro da igreja ou sociedade, deveríamos zelar pelo bom testemunho em todos os momentos, principalmente nas dificuldades.