Após alguns anos de casamento, Adão e Eva estavam estabelecidos. O amor entre o casal crescia dia a dia. Acima de tudo, eles amavam a Deus, que os havia abençoado com trabalho, casa e filhos. Nasceram dois belos garotos: Caim e Abel, os quais tinham virtudes e defeitos. Entre seus talentos, estava também a música. Caim era “baixo” e tocava clarinete. Abel era “tenor” e tocava sax. Era hábito, todos os domingos, a família ir à igreja. Havia lá um pequeno grupo de louvor, onde os garotos cooperavam. Naquela manhã, como de costume, Caim acordou, pegou seu clarinete do armário. Porém, não encontrou a pasta com as músicas. Perguntou para si mesmo: Onde afinal deixei-a? Ele “acompanhou” seus pais à igreja. Naquela manhã, como de costume, antes de levantar-se, Abel orou ainda na cama, agradecendo pelo domingo, pelo Culto e pela oportunidade de tocar. Limpou seu instrumento, organizou sua pasta e, saindo do quarto, disse aos seus pais: Preciso chegar mais cedo para me aquecer no sax. O Culto transcorreu dentro da normalidade... Liturgia, louvor e pregação. Os pais cantaram. Os filhos entoaram suas notas. Já era praxe, no retorno, dentro do carro, Eva perguntou: E aí... O que vocês levaram do Culto? Como Deus falou com vocês? Caim “apenas” disse: Nada fora do padrão. É sempre a mesma coisa, os mesmos hinos, a mesma “conversa” do pastor. Abel sorrindo disse à sua mãe: Pela primeira vez, após tantos ensaios, consegui fazer aquele sequência de notas. Valeu! Entendi também o sermão quando o pastor citou o Salmo 100: Precisamos servir a Deus com “alegria”. Sou feliz pela minha família, igreja e oportunidades. Caim apenas olhou o irmão com o canto dos olhos. Não disse nada, mas pensou: Santinho! De quem será que Deus se agradou?