Leonel era um membro ativo em sua comunidade. Por muitos anos havia se dedicado em diferentes setores, sempre com muito zelo. Mas, de uma hora para outra, sumiu. Após algumas semanas, Jorge - um presbítero mais idoso daquela comunidade - decidiu visitá-lo. Era uma noite fria de inverno. O presbítero encontrou Leonel em casa sozinho, sentado diante da lareira, onde ardia um fogo brilhante e acolhedor. Imaginando a razão da visita, o anfitrião lhe deu as boas-vindas, conduziu-o ao sofá perto da lareira e ficou esperando o “puxão de orelhas”. Jorge acomodou-se confortavelmente no local indicado. Mas, não disse nada. Havia um silêncio profundo. Os dois apenas contemplavam a dança das chamas em torno dos tocos de lenha. Ao cabo de alguns minutos, Jorge examinou as brasas que se formaram e, de repente, selecionou uma delas, a mais incandescente de todas, empurrando-a ao lado, retornando ao sofá, permanecendo silencioso e imóvel. O anfitrião prestava atenção em tudo, fascinado e quieto. Aos poucos a chama da brasa solitária diminuiu, até que seu fogo apagou-se de vez. Em pouco tempo o que antes era uma festa de calor e luz, agora não passava de um negro, frio e morto pedaço de carvão recoberto de uma espessa camada de fuligem acinzentada. Nenhuma palavra tinha sido dita entre os dois velhos amigos. O presbítero, antes de se preparar para sair, manipulou novamente o carvão apagado, colocando-o de volta no meio do fogo. Quase que imediatamente, ele tornou a incandescer, alimentado pela luz e pelo calor dos carvões ardentes em torno dele. Quando Jorge alcançou a porta para partir, Leonel disse: Obrigado pela visita e pela belíssima lição. Voltarei à comunidade. Deus te abençoe! Aos membros da comunidade vale lembrar que eles fazem parte da chama e que longe dela perdem todo o brilho. Aos líderes vale lembrar que são responsáveis por manter acesa a chama de cada um e por promover a união entre todos os membros, para que o fogo seja realmente forte, eficaz e duradouro. Leia Hebreus 10.25.