Era um terreno baldio, ao qual ninguém dava valor. Aliás, servia muito bem como depósito de lixo. Primeiro, vieram entulhos de obra. Depois uma caçambada de cisco. Os vizinhos, na ausência da coleta de lixo, também depositaram ali as sobras de suas cozinhas. Mas, a natureza surpreende. Ela impõe as suas regras. Primeiro, nasceu uma goiabeira. A terra era boa. Ela vingou rapidamente. Estendendo seus galhos verdes ao céu azul. Os frutos amarelinhos eram saboreados, tanto pelos meninos da vizinhança, quanto por inúmeros pássaros coloridos. A surpresa foi ainda maior quando, junto ao tronco da goiabeira, começou a subir um pequeno pé de maracujá. Muito miúdo, mas que avançava palmo a palmo, crescendo e tomando conta. Soltou ao ar inúmeras flores que atraíram abelhas, borboletas e beija-flores. Logo em seguida, apareceram os frutos. Não era Natal. Mas, a goiabeira, tal qual pinheirinho, encheu-se de bolotas verdes e amarelas. A natureza fazia festa, louvando ao Criador. A terra deu o seu fruto. Deus nos tem abençoado (Salmo 67.6).