Eu votei na Marina! Ela é esquerda? Ela é ambientalista radical? Ela é evangélica? Isso ou aquilo? Não importa... Ao escolhe-la, levei em conta certo testemunho (Revista Ultimato) que ouvi no tempo em que pastoreei a Comunidade de Brasília (CECLB). Marina frequentava com regularidade a Assembleia de Deus. Ela sentava entre os outros fiéis, louvava e ouvia a Palavra. Isso destoa da realidade, onde o que se escuta é que político “tal” esteve na igreja “tal” com “tal” objetivo. As pessoas podem usar a fé alheia em benefício próprio ou viver a partir da sua própria fé em Jesus Cristo. O apóstolo Paulo nos desafia a viver pela fé (Romanos 1.17). De fato, não quero justificar meu voto, muito menos dar louvores à Marina. Antes, quero apenas destacar algo que “pouco” percebo, mas valorizo “muito”: AUTENTICIDADE! Entre 2004 e 2007 servi à Comunidade de Campo Alegre. Dos 11 mil habitantes, apenas 450 eram luteranos, dentre os quais Renato Bahr (†) era o prefeito. Aos domingos, ele estava no Culto. Era um membro entre os demais membros, sentado ao lado de sua esposa e demais familiares. Não estava fazendo “média”. Como cristão, ele tinha a necessidade de viver em Comunidade. Como político, ele também participava das inúmeras festas católicas pelo vasto interior. Vez por outra, durante a semana, quando o encontrava na rua, ele me dizia: Pastor! No próximo domingo, como Prefeito, estarei em tal localidade participando da Missa Festiva, mas minha esposa estará nos representando no Culto. Carecemos de políticos éticos que não abusam do nome de Deus, nem da fé alheia. Mas, vivem a sua própria fé de maneira autêntica!