Noto que, à medida que os anos avançam ganhamos um tesouro, que são as recordações. Quanto mais velho, mais rico você é. Não sou do tipo que vive dizendo: Bons tempos aqueles! Gostei da minha infância e juventude... Mas, vivo um momento de intensas oportunidades e quero aproveitar. Quero que o meu passado e a minha maturidade me façam viver melhor o presente, sem mágoas daquilo que “porventura” deixei de fazer ou fiz errado. Em Santa Rosa, onde passei minha infância, havia o Cine Odeon. Naquele tempo, todas as cidades tinham o seu cinema, que era local de muito movimento, onde as pessoas se encontravam. À noite, os adultos se divertiam. Nos domingos à tarde, era o momento da gurizada. Eram duas sessões de matinês, que ocupavam o domingo à tarde. O ingresso não era caro. Mas, mesmo assim era impossível estar sempre presente. A não ser que... Miro era quem lidava com as máquinas de projeção. Durante a semana, ele era servente de meu pai nas obras. Todos os domingos, ele me dava uma chance para “entrar de fininho”. Hoje percebo que isso foi um pequeno ato de sonegação. No “jeitinho brasileiro” está apegada a corrupção. Confesso que aproveitei bem aqueles momentos de comédias e bang-bang’s... Eles serviram para diversão. Mas, hoje me servem de lição. No Salmo 51, Davi diz: O meu pecado está diante de mim (v.3). Fiz o que é mal perante os teus olhos (v.4). Cria em mim um coração puro (v.10). Arrependimento e conversão é o caminho do Evangelho!