Quando cheguei à minha primeira paróquia, descobri que existe uma grande diferença entre conhecer a Teologia e ser pastor. Aprendi muito nos estudos. Sou grato por cada mestre. E, ainda hoje, busco novos conhecimentos. Mas, é na relação entre as pessoas que surgem as maiores lições. Por isso, precisamos sempre estar atentos... Em 1988, a recém-formada paróquia não tinha residência pastoral, nem veículo. Pela graça de Deus, como jovem e solteiro, fui acolhido pela família Fritsche. A residência era um pouco distante do centro. Então, aproveitava “caronas” para fazer as visitas. A família tinha comércio. Era conhecida por todos. Ao cruzarmos na estrada pelas pessoas, sejam conhecidas ou desconhecidas, sempre havia um cumprimento. Quando encontrávamos alguém a pé, era praxe parar e oferecer carona. Naturalmente, depois que foi adquirido o “golzinho” da paróquia, ao me locomover – bem treinado pelos anfitriões - também cumprimentava a todos e, em especial no interior (diga-se de passagem, quase 30 anos atrás), oferecia carona. Assim aprendi a conhecer o povo e suas histórias. Era reconhecido como “pastorzinho”, oportunizando a pregação do Evangelho. Sou grato à família Fritsche, em especial à Siglinde pelas lições que recebi. Leia com atenção o questionamento e desafio dado por Jesus no Sermão do Monte: Mateus 5.46-48.