Há muitos anos tenho animado e insistido com as comunidades sobre a importância do acolhimento, seja nos cultos, como também nos pequenos grupos. Vale a pena convidar as pessoas, sejam membros ou não. Vale a pena tirar um tempo para cumprimentar, conversar e trocar ideias com aquele que é diferente. Num mundo cada vez mais egoísta e individualizado, vale a pena investir tempo na aproximação. Alguns anos atrás, apareceu no culto um sujeito aparentemente estranho. Ao menos, desconhecido dos demais. Após o cumprimento, na saída do culto, ele me disse: Não tenho igreja. Moro longe. Mas, sempre que venho à cidade, procuro a igreja luterana. Na próxima, venha mais cedo para uma conversa! Desafiei. O que aconteceu meses depois. Descobri que, naquele momento de sua vida, ele era uma pessoa sem igreja. Todavia, na sua juventude, havia frequentado um grupo de jovens luterano, onde foi bem acolhido. Aos olhos do amigo, a IECLB era preciosa devido ao acolhimento. Hoje, sequer sei onde mora. Também não sei se na sua cidade tem ou não um templo luterano. Todavia, a nossa amizade continua. Volta e meia trocamos ideias sobre temas diversos. Então, no próximo culto, observe aquele que é “diferente”. Aproxime-se e puxe a conversa. Você irá se surpreender. Você poderá cativar o outro. Quem sabe uma nova amizade nasce.
De 2004, “Amigo de Fé” com Antônio Cardoso.