Júlio era ateu. Há muito tempo era arredio a tudo que se relacionava à religião. Entretanto, na infância foi conduzido pela sua avó ao Culto Infantil. Aprendera muitas histórias bíblicas. Mas, não aceitava de maneira alguma o “sacrifício”. Deus matou seu filho? Inocente se entregou por quem tem culpa? Inadmissível! De fato, se achava bom demais para colocar sua vida aos cuidados de Deus, entendendo que Jesus se entregou também pelos “seus” pecados. Devido à sua “aparente” retidão e orgulho, estava saindo de um casamento de 5 anos. Para relaxar, comprou um pacote e viajava pelo nordeste. Ao visitar uma enorme catedral, reparou na imensa imagem de Cristo crucificado no altar. A imagem lhe causou pavor. O humilde zelador observou a cara de desprezo do Júlio. Com amor, aproximou-se dele, dizendo: Tal imagem também me traz horror. Tanta dor, tanta maldade... Por quê? O zelador percebeu que o jovem lhe deu atenção. Então, continuou: Todavia, a imagem de Cristo tem outra aparência se você se colocar aos seus pés. Vai lá, experimenta... Ajoelhe-se e olhe para cima! Júlio soltou um olhar cético. Mas, aceitou o desafio. Ao fazer isso, tudo se tornou diferente. A imagem repulsiva que havia visto ao entrar havia se transformado numa figura maravilhosamente atraente. O rosto de Cristo contemplava quem estava aos seus pés. Ele deixou de ser feio. Mas, amoroso, cativante... Depois de alguns minutos, Júlio retornou à porta principal da catedral com lágrimas nos olhos. O que faz a diferença – disse o zelador – é a posição do observador. De pé e de longe, não há atrativos, mas de joelhos e olhando para cima, o que se vê é o rosto gentil e amável do Salvador, que nos conhece melhor do que qualquer pessoa, que tem a capacidade de mudar o curso de nossa vida. Este foi o dia da conversão de Júlio.
