Beto foi criado pela avó, que era uma pessoa devota. Ela carregava pelo braço o menino à igreja. Todavia, os olhos dele sempre estavam voltados às coisas do mundo. Todas as noites, antes de dormir, ela lia um trecho do Evangelho. Mas, os pensamentos do menino voavam longe. Os anos passaram. Ele fugiu de casa, entregando-se aos caminhos do mundo. Ele deixou a avó e Deus para trás. Por causa das escolhas erradas, Beto acabou atrás das grades. Na prisão, havia uma rotina básica. Ouvindo tantas histórias malucas dos colegas de cela, lembrou da dedicação da avó já falecida. Pensou consigo: Tanta gente sem educação, fazendo maldade... Contudo, eu recebi boa orientação. Mesmo assim, desviei. Beto começou a passar pelo processo de conversão, reconhecendo a culpa e arrependendo-se. Certo dia, na biblioteca do presídio, pela primeira vez na vida, por vontade própria, pegou uma Bíblia na mão. Disse ao encarregado: Quando criança e adolescente, costumava ouvi-la na igreja ou pela avó. Agora, eu quero ler. Então, ao deitar-se à noite, lembrava da falecida e agradecia a Deus. Consigo mesmo pensava: Tinha um tesouro e não dava valor. Hoje sei o valor da família e da Palavra. Antes tarde do que nunca!
Com Waldemar Fomin, “Que Maravilha é”.