Já morei em inúmeras localidades. Cada cidade tem suas próprias características, tanto virtudes, quanto defeitos. Em todas, pude observar o crescimento. Tentei também deixar minha contribuição. Em 2020, completo 10 anos em Garuva. Muita coisa mudou na cidade. Hoje, paro e penso. Como era, como é e como será? Não tomarei como base a sua história, que é riquíssima. Uso somente minhas recordações. No início da década de 90 ouvi pela primeira vez o nome Garuva. Disseram-me: É infestada de borrachudo! Infelizmente, isso não mudou. Mas, há solução. Basta pesquisa e investimento. Depois de alguns meses, trouxe uma casa amigo para visitar o filho em Rio Bonito, o qual nos mostrou a cidade. Lembro de ter visitado uma estação de criação de peixes (trutas) e um alambique. Ambas atividades ficaram no passado. Na época, a BR 101 tinha pista única. Era perigosa. Hoje, duplicada, com sinalização e proteção, continua perigosa, pois o mal reside, em grande parte, na imprudência das pessoas. Lá no passado, sequer imaginaria que um dia viria a morar aqui. Mas, creio que Deus é o Senhor da história. Ele tem os seus propósitos. Ele nos trouxe a Garuva. Como cantou Jorge Benjor, vivo num local “lindo por natureza”. O povo é muito cordial. Aliás, é gente de todos os cantos, envolvidos na construção do futuro para si e aos seus filhos. Trago aqui à lembrança uma palavra do Salmista quando diz: “Orai pela paz de Jerusalém. Que sejam prósperos aqueles que te amam” (122.6). Precisamos enxergar, com os olhos de Deus, a cidade onde vivemos, aprendendo a amar e orar. A partir do Evangelho - entendo assim: Exemplo de Cristo – tanto o orar quanto o agir andam lado a lado. A nossa fé se torna concreta pelas nossas atitudes. O meu melhor testemunho do cristão se dá, antes pelas atitudes, do que pelas palavras. Por isso, como cidadão e luterano preciso me perguntar: O que estou construindo? Quem sabe agora, em meio à pandemia, a pergunta toma outra direção: Onde estamos ajudando em busca de uma sociedade melhor? Nosso mundo e relações serão melhores após o aperto que vivemos devido ao Coronavírus?