Alice e Tobias eram vizinhos. Cresceram juntos. Da mesma forma, cresceu entre eles a paixão. Todavia, só podiam ser ver ao longe, pois havia um enorme precipício que separava as duas fazendas e os dois corações. Vez por outra, quando tinha festa na cidade, após longa viagem pelo sertão, os dois apaixonados se encontravam. Certa noite, Alice orou: Amado Pai! Agradeço pela vida do Tobias. Mas, traz uma solução à nossa relação. Eu queria muito que as nossas famílias se aproximassem de fato. Mas, há um buraco entre nós. Na manhã seguinte, o irmão mais novo de Tobias estava empinando uma pipa. O vento carregou a pipa ao outro lado do precipício, caindo nas mãos da amada, que de imediato amarrou um barbante à linha da pipa, devolvendo-a ao amado. Assim, do barbante, ao fio, à corda, ao cabo de aço. Assim, passo a passo - com muita conversa, esforço e paciência - as famílias construíram uma pinguela entre as pontas do abismo. Gradualmente, eles se empenharam na construção do elo entre as duas famílias. Não demorou muito, os jovens se uniram em casamento. Tudo começou com uma brincadeira de pipa? Ou será que tudo começou com uma oração? Muito pode por sua eficácia a súplica do justo (Tiago 5.16).