Após 10 anos de casamento, o casal separou-se. Eles tinham um único filho chamado Getúlio. A separação não foi amistosa. Após longa questão judicial, o menino ficou sob os cuidados dos avós maternos. Toda situação criou uma grande revolta no jovem coração, apesar do amor e cuidados dos avós. Desde pequeno, Getúlio foi incentivado e participou do Culto Infantil e Ensino Confirmatório. Porém, volta e meia arranjava uma encrenca por causa da rebeldia. Na Confirmação apenas disse o que as pessoas queriam ouvir, algo longe de uma entrega autêntica ao Senhor. Sua vida era cercada de confusão, tanto na vizinhança, quanto na escola. Os avós precisaram visitar a delegacia algumas vezes. Sempre de novo aconselhavam-no e mantinham-se firmes em oração pelo jovem na esperança de que Deus tocaria o seu coração. Para piorar ainda mais a situação, depois de ter um ataque, o avô passou dois anos acamado, vindo a falecer. Getúlio culpava Deus pela separação dos pais e também pela morte do avô. Todavia, lá no fundo sabia que, por terem gênios diferentes e difíceis, os pais jamais deveriam ter se casado. Sabia também que a morte do avô estava diretamente relacionada às decepções que enfrentava por sua causa. Certo domingo, havia uma programação especial na Comunidade. Um antigo pastor visitava a igreja. Seria uma noite especial. A avó o convidou. Getúlio inventou uma desculpa. A velhinha implorou: Ao menos, venha me buscar no final. Eu não quero voltar sozinha. Ele se comprometeu. Chegou lá às 21h. O sermão ainda estava em curso. Ele esperou na praça. Mas, começou a chuviscar. Então, correu para abrigar-se na varanda do templo. No que chegou, ouviu: Venham aqueles que estão cansados! A frase entrou fundo no seu coração. De fato, pensou: Sinto-me muito cansado de tudo, inclusive da vida. Em casa, no sossego do seu quarto, o chamado continuava martelando: Venham! Mas, para onde? Pensou Getúlio. Ele estava de tal forma incomodado - à procura de uma resposta - que abriu a Bíblia da avó na sala, onde leu: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém chega ao Pai, senão por mim (João 14.6). Já tinha escutado “zilhões” de vezes o versículo, mas somente naquela noite a palavra lhe fez sentido. Ajoelhou-se, orou e entregou sua vida a Jesus. Assim, foram atendidas as preces dos avós. Deus é bom!