Entre outras razões, o povo brasileiro é bonito graças à mistura de raças. Aos povos indígenas, mesclaram-se os colonizadores hispânicos, depois escravos africanos e, por fim, imigrantes europeus, asiáticos e do oriente próximo. Observo a diferença entre os costumes estaduais e as características de cada região, quanta variedade, quanta riqueza. Da mesma forma, observo a nossa igreja. Existe uma doutrina (luterana) que nos une. Existe um rito comum, que é preservado. Via de regra, identificamos um templo e uma celebração luterana. Mas, nos detalhes, as comunidades diferem-se umas das outras, mesmo estando bem próximas geograficamente, quem sabe até – como ocorre aqui – fazendo parte de uma mesma paróquia. A variedade é obra do Espírito. Somente pelo AMOR, ensinado e mostrado por Cristo, é possível nos mantermos respeitosos e fortalecidos no vínculo. Percebo também que, muitos valorizam (alguns até se vangloriam) das suas virtudes pessoais ou de suas comunidades, revelando o que há de bom, mostrando onde estão acertando. Mas, com certeza, somos pessoas imperfeitas e pecadoras. Cada pessoa ou comunidade tem os seus problemas, que nem sempre são destacados ou tratados com afinco. Por vezes, até mesmo, são acobertados. Mas, deveríamos conversar sobre jeitos, tanto os certos, quanto aqueles que não são tão certos na vida pessoal e comunitária. FELIZMENTE, aprendemos nos acertos e nos erros. Por isso, tenha a liberdade de gabar-se, mas também de se confessar. Tal atitude é necessária e saudável. Assim aconselha o apóstolo Tiago em sua carta: “Confessem os pecados uns aos outros. Orem uns pelos outros para serdes curados” (5.16).