Atirando sua espada ao chão, o soldado desabafou: Estou cansado da guerra. Sinto nojo por tanto sangue derramado. Assim, pronto para retornar ao lar, reparou entre suas tralhas deixadas para trás, a corneta. Era ela, com seus toques, que levava adiante os valentes ao campo de batalha. Preservando sua dignidade, ela se levantou e foi logo chamando sua atenção: Amado! É justo que a espada traga revolta ao teu coração. Mas, não me deixes no abandono, nem me desprezes assim. Tão somente acompanhei os soldados. Cantei com minha voz aguda em meio aos campos abertos, levando os corajosos à luta. Mas, agora não sejas ingrato comigo. Eu sou inocente: Não feri ninguém e também estou arrependida daquilo que realizei. Quero também mudar de ares. Quero dar novo sentido ao meu viver. Posso ser-lhe útil. O soldado abaixou-se e a recolheu com compaixão, levando-a consigo à igreja. Lá, todos os domingos, ambos acompanhavam os cânticos que apontavam ao perdão e ao amor de Deus. Agora havia uma nova missão, que era levar as pessoas à presença de Deus. Assim canta o Salmista: Aleluia! Louvem a Deus no seu Templo. Louvem o seu poder, que se vê no céu. Louvem o Senhor pelas coisas maravilhosas que tem feito. Louvem a sua imensa grandeza. Louvem a Deus com trombetas (150.1-3).