Fritz era um homem simples, que vivia sozinho. Todavia, as portas de sua casa estavam sempre abertas. Também, seu coração estava sempre aberto. Com um largo sorriso recebia e ajudava quem buscava nele socorro. Por suas palavras sábias e pelo seu exemplo coerente de homem bom, muita gente vinha ao seu encontro. Era um sujeito humilde aos olhos da maioria, mas riquíssimo aos olhos de Deus. Ele tinha o necessário para viver com dignidade, repartindo tudo com alegria. Fritz era feliz. De fato, o segredo da sua felicidade só foi revelado por um sobrinho depois da sua morte. No quartinho, onde Fritz dormia, havia ao lado da cama um pequeno armário. Na gaveta de cima, estava uma velha Bíblia, gasta pelo tempo e pelo uso. Tinha folhas dobradas nos cantos e muitas frases sublinhadas a lápis. Certamente eram aqueles que mais o tinham impressionado em suas leituras. No meio da Bíblia havia um marcador de páginas, onde o idoso colocou as palavras de Paulo: Aprendi a viver contente com o que tenho (Filipenses 4.11). Com respeito, o sobrinho fechou o livro sagrado, dizendo: Eis aí o segredo da felicidade do falecido tio. O apóstolo escreveu que sabia viver na abundância e viver em tempos difíceis com a mesma graça. Era com tal simplicidade de vida que anunciava o Cristo, que se fez pobre para enriquecer a todos.