IECLB e Dia Mundial de Oração - DMO



ID: 2706

Informações sobre o País - Suriname

29/08/2017

 

Dia Mundial de Oração

Escrito pelo Comitê do DMO do Suriname 2 de março de 2018

Toda a Criação de Deus é Muito Boa! Informações Gerais sobre o País


Geografia e população

A República do Suriname faz parte das Guianas, uma região ecológica dentro da Amazônia, na América do Sul. Sua capital é Paramaribo. O nome Suriname vem da tribo Surinen, um dos povos indígenas da terra.

O país tem aproximadamente 540.000 habitantes. A população multiétnica é composta por povos indígenas, afrodescendentes, descendentes asiáticos e europeus e, atualmente, novos imigrantes de países vizinhos. A diversidade étnica implica uma variedade de culturas, religiões e línguas. A língua ‘Sranan’ foi desenvolvida durante o período colonial. É a língua falada entre os diferentes grupos étnicos. A língua oficial é o holandês.

A liberdade de religião está estabelecida na Constituição. As religiões praticadas no Suriname são o cristianismo (48,4%), o hinduísmo, o islamismo, as religiões tradicionais e uma pequena percentagem da fé judaica e outras religiões. Importante mencionar é que a Mesquita Keizerstraat foi construída junto à Sinagoga Neve Shalom, em Paramaribo.

Ambiente e biodiversidade

Mais de 90% do país é coberto por floresta tropical primitiva com uma alta biodiversidade. Existem 715 espécies de aves. As tartarugas marinhas gigantes reúnem-se nas praias arenosas, para pôr seus ovos. A caça e a coleta de ovos são proibidas em áreas de reprodução. Hoje, cerca de 15% da superfície do país é território protegido. Essa reserva natural foi colocada na lista de Patrimônio da UNESCO.

História política

Depois que Colombo chegou à América em 1492, houve um afluxo de europeus para o 'Novo Mundo', particularmente vindos da Espanha e de Portugal, em busca da Costa do Ouro. Posteriormente, o país foi capturado por franceses, ingleses, neozelandeses e holandeses, por curtos períodos de tempo. Os ingleses governaram o Suriname de 1651 a 1667, mas como resultado da guerra entre a Holanda e a Inglaterra, o Suriname foi trocado por New Amsterdam (atualmente Nova York, EUA). Desde então, o Suriname foi uma colônia holandesa até sua independência em 1975.

Em 1948, o Suriname conseguiu ter seu próprio governo para assuntos internos, mas para assuntos internacionais o país continuou sob a supervisão da Holanda. Em 25 de novembro de 1975, o Suriname conquistou sua total independência.

Em 1980, um golpe de Estado militar mudou o sistema político. Até o fim do governo militar em 1987, a Constituição foi posta de lado. Finalmente, com base na nova Constituição, as eleições democráticas foram restauradas e o chefe de governo é o presidente executivo.

Economia

A corrida do ouro não teve êxito na colônia. Então, áreas foram destinadas ao cultivo de cana-de-açúcar, café, tabaco, cacau e algodão. As plantações foram implantadas numa economia baseada na escravidão, inicialmente sobre os povos indígenas, e depois substituídas pelo comércio transatlântico de escravidão, que continuou até 1863, quando foi abolida. Durante a Primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos começaram a mineração de bauxita, matéria-prima para o alumínio, necessário na indústria aeronáutica. Com o declínio da mineração de bauxita e a independência política do Suriname, a diversificação da economia foi colocada na vanguarda. São sinais de uma nova economia: mineração, exportações de anchovas e atum, e a recuperação da agricultura.

Há duas empresas internacionais de mineração de ouro muito ativas no país e há também mineração ilegal. Os mineiros surinameses e estrangeiros (como os brasileiros porknockers) estão minando ilegalmente e

danificando o meio ambiente. Como resultado, grandes áreas de floresta desapareceram, dando lugar a enormes crateras e paisagens desérticas. A água nos rios e riachos está sendo poluída pelo mercúrio. O ouro e o petróleo bruto são as maiores fontes de divisas para o país.

Educação

As Igrejas Morava e Católica Romana receberam permissão para educar os escravos, Maroons (mestiços) e os trabalhadores contratados, particularmente seus filhos. Hoje, o governo é responsável pela educação, mas também há escolas de igrejas e particulares leigas em todo o país. Até o nível secundário, as escolas públicas e das igrejas são gratuitas, uma vez que o governo subsidia ambos os sistemas. Em áreas remotas, a educação é oferecida nos centros dos núcleos e internatos. A universidade e as formações profissionais superiores não são gratuitas, mas os estudantes podem candidatar-se a bolsas de estudo ou a crédito educativo.

Saúde Pública

Há seis hospitais, cinco dos quais estão em Paramaribo. Há vários postos de saúde nos distritos e no interior, 360 locais de saúde (que totalizam 1 médico por 1.500 habitantes) e 166 especialistas. Diferentes igrejas no Suriname têm desempenhado um papel importante, enviando suas missões médicas para atender pessoas afetadas pela malária, HIV e AIDS, e outras doenças de alta incidência no interior. A principal responsabilidade pela prevenção da dengue, chikungunya e zika está a cargo do Departamento de Saúde Pública.

Todas as crianças com idades até os 17 anos, bem como os idosos a partir de 60 anos, têm direito a cuidados médicos gratuitos através do sistema de Seguro Social.

A situação das mulheres e das crianças

O voto feminino só foi plenamente concedido em 1948. Em 1936, as mulheres podiam concorrer às eleições, mas não podiam votar. Esse direito era reservado apenas aos homens. A primeira mulher membro do Parlamento foi Grace Schneiders-Howard, eleita em 1938. Vale a pena mencionar a Dra. Sophie Redmond como uma mulher que abriu novas bases nas áreas de saúde pública e política. Ela foi a primeira médica do país.

Durante as eleições de 2015, aproximadamente 31% dos candidatos aos órgãos representativos eram mulheres. Nessas eleições, 15 mulheres foram eleitas membros dos Parlamentos e, pela terceira vez, uma mulher foi eleita Presidente do Parlamento.

As mulheres casadas não tinham os mesmos direitos civis que seus cônjuges. Em 16 de abril de 1981, o Decreto Nacional C-11, concedeu às mulheres igual capacidade jurídica. O Suriname tem uma lei especial para casamentos asiáticos, onde as pessoas podem se casar pelas regras habituais de suas tradições Hindu ou Islâmica, porém têm que registrar o casamento religioso no Departamento Central.

Com a criação do Gabinete Nacional de Políticas de Gênero e do Gabinete de Violência Doméstica, o país busca consolidar os direitos civis das mulheres. As leis e políticas para combater a violência doméstica numa fase precoce não só protegem as mulheres, como também os idosos e as crianças. Mas existem formas veladas de violação dos direitos da infância. A visão de crianças vendendo frutas nas ruas é bastante comum. Mais grave é o fato de que muitas crianças estão envolvidas no trabalho nas minas de ouro.

Cultura

Cada grupo étnico trouxe sua própria língua, tradições e religião de seu país natal. A diversidade étnica aliada às riquezas culturais dos habitantes nativos do Suriname, deu origem a um país culturalmente abençoado, com grande variedade de artesanato, literatura, música, roupas, dança e teatro. A cozinha é multiétnica, com uma variedade de pratos, especiarias e bebidas típicas.

Comitê Mundial de Oração do Suriname

A colaboração ecumênica foi estabelecida no Suriname em novembro de 1942, sob o nome de Comitê de Igrejas Cristãs (CCK). O Dia Mundial de Oração das Mulheres começou em 1953.

As celebrações do DMO foram inicialmente mantidas apenas na Grote Stadskerk (a “Igreja –Mãe” da Morávia) e na Catedral Católica Romana. Com o golpe militar e os eventos políticos subsequentes, o comparecimento às reuniões aumentou, talvez por necessidade de apoio e de conforto da comunidade durante um tempo difícil. Atualmente as celebrações são realizadas tanto em Paramaribo como em outros distritos. A oferta tem sido usada localmente para o trabalho missionário das igrejas e também enviada para o país escritor.

Em novembro de 2014, foi realizada uma oficina (workshop) de fortalecimento do Comitê Nacional, para iniciar o processo de redação, com apoio do Comitê Internacional do Dia Mundial de Oração (WDPIC). A oficina preparatória, realizada em abril de 2015, com cerca de 35 mulheres e jovens, proporcionou um treinamento e a oportunidade de organizar os grupos de trabalho escrito. Agradecemos ao Senhor a dedicação dessas mulheres e jovens ao escrever os materiais para o programa de 2018, o que fizemos com o auxílio de especialistas e pastoras.

Desde 1953, as celebrações são realizadas na primeira sexta-feira de março. Existem 20 locais de celebração para adultos e 5 para crianças, que acontecem no domingo subsequente. As celebrações também são realizadas em casas de idosos e em uma prisão.
 

Arrisco e coloco a minha confiança somente no único Deus, invisível e incompreensível, o que criou o céu e a terra.
Martim Lutero
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