O profeta Daniel ora a Deus, Javé, e reconhece o pecado de todo o povo contra o Senhor. Ele agora está sob o domínio dos persas, os quais haviam conquistado a Babilônia. Ao reconhecer o pecado e a infidelidade do povo, no qual se inclui, ele também diz que Deus é justo em deixar que sua nação seja dominada por exércitos estrangeiros. Daniel expressa que o Senhor faz tudo certo, também quando castiga seu povo, e que resta a Israel corar de vergonha por tantos erros cometidos e assumir esses erros diante de Deus esperando a sua misericórdia. O profeta clama por esta misericórdia e pela libertação de sua nação, simbolizada pela cidade de Jerusalém. Ele tem certeza de que mais dia, menos dia, o Senhor vai libertar seu povo mais uma vez. Ele não reclama da situação de escravidão em que se encontra, pois entende que Deus tem razões de sobra para permitir isso. Porém, ele clama pelo perdão e pela graça do Senhor sobre seu povo.
Daniel não viu esta libertação acontecer concretamente, apenas por visões. O Senhor o consolou e mostrou para ele que a libertação haveria de acontecer, mas o profeta só veria isso de forma espiritual.
Nós sabemos, através de Jesus e do seu Evangelho, que a libertação veio e se estabeleceu na sua crucificação, morte e ressurreição. Tiago nos ajuda a visualizar que o perdão de Deus, o qual também nós devemos dar a quem erra conosco, se estabeleceu em Cristo porque tudo que é bom e perfeito vem do Pai, vem do céu, de onde também veio o Cristo. Fomos libertados, especialmente de nossos pecados, os quais nos faziam agir mal contra as pessoas, para vivermos vida nova, vida que busca o bem e a paz para toda a criação de Deus. A esperança de Daniel se concretizou em Jesus, o qual fez tudo novo, inclusive nós. Podemos confiar na misericórdia do Senhor e sermos misericordiosos para com nosso próximo. Façamos assim e experimentemos a graça e a misericórdia do Senhor que já está sobre nós