Yumi era uma menina japonesa que facilmente perdia a paciência e xingava todos à sua volta. Certo dia, o avô desafiou-a: Eu preciso te ensinar a “terapia do chá”. Ela ficou curiosa e perguntou: Quando? Logo! Na manhã seguinte, ele novamente viu Yumi chegar em casa tomada pela raiva. Ela xingou a mãe, bateu no gato e jogou a mochila contra a parede. O velhinho chamou-a para perto e humildemente pediu: Você poderia preparar um chá para mim? Ela o amava de coração. Por isso, de imediato, disse: Sim! Do que? Pode ser de folha de laranjeira. Assim, Yumi foi ao quintal, onde colheu duas folhas grandes. Na cozinha, pôs a água para ferver. Da prateleira, retirou o bule a xícara favorita do avô. Depois de alguns minutos, voltou a questionar: Hoje será com ou sem açúcar? Ele emendou: Uma pequena, por favor! O avô aguardava sossegado no sofá, quando a menina chegou com o chá. Ele agradeceu e questionou: O que houve na escola que te encheu de raiva? Não foi nada! Já passou. Então, disse o avô: Você acaba de aprender a “terapia do chá”. Quando você estiver com raiva, faça um chá. O tempo de preparo desviará sua raiva. Você pensará noutras coisas. Com calma, muitas bagunças irão sumir. Yumi curvou-se em agradecimento à lição. “O tolo dá vazão à sua ira, mas o sábio a domina” (Provérbios 29.11).
De 1986, “Maior Que Tudo” com Luiz de Carvalho.