Quando Moisés sente que a responsabilidade sobre o povo está maior que sua capacidade de liderança consegue, pois o povo havia se multiplicado grandemente, ele nomeia auxiliares para ajudarem nesta tarefa. Estes líderes são colocados sobre milhares, centenas e dezenas para que se reparta entre todos a tarefa de liderança. Moisés está cansado e também percebe que precisa preparar mais pessoas para esta liderança. Ao fazer isso, ele também exorta os juízes sobre o povo com algumas recomendações. Entre elas está a recomendação de que estes juízes fossem honestos, tratem a todos de maneira igual, independentemente do poder econômico que tenham e não tenham medo de determinar uma sentença justa, pois estão sob a orientação de Deus. Parece bobagem, porque não se imagina ter que exortar um juiz a ser honesto, ser imparcial e dar sentenças justas. Mas, sabemos que há juízes, também no alto escalão do poder judiciário, que tem suas sentenças e atitudes contestadas e tidas como parciais, tendenciosas e com o intuito de tirar proveito próprio. Vemos muitos magistrados corruptos, passíveis de serem subornados e se mostrando incapazes de honrarem a toga que usam.
Jesus sabe desta possibilidade de julgar mal e julgar tendenciosamente, não tendo capacidade para o fazer de maneira correta, que temos. Por isso nos diz para não julgarmos os outros, uma vez que também somos pecadores e igualmente precisamos da graça de Deus. Diferente é a profissão de juiz que existe e deve ser exercida com base nos códigos de leis do país. Ali se deve julgar para que a sociedade viva em paz. Nas relações do dia a dia não devemos julgar, mas buscar ajudar-nos mutuamente para crescermos na fé, na comunhão e na boa convivência. Façamos assim e tenhamos a Jesus como nosso exemplo maior. Vamos amar uns aos outros.