O salmista está enfrentando dificuldades, inimigos estão ameaçando sua vida, e recorre ao Senhor, pedindo sua intervenção na situação. Ele traz diante de Deus seu clamor e menciona que confia nas suas promessas e que está firme seguindo os mandamentos da sua palavra. Ele confia que o Senhor conhece seu procedimento e que isto vai fazer com que Deus aja em sua vida e o livre dos inimigos. O salmista menciona sua fidelidade ao Senhor e espera a mesma fidelidade por parte de Deus. Esta compreensão de poder expor diante do Senhor as coisas boas que se fazia, e com isso receber de Deus a recompensa, se mantém ao longo dos séculos para o povo judeu. Inclusive vemos isso na parábola do fariseu e do publicano, onde o 1.º lista todas as coisas boas que fazia e despreza o publicano, como pessoa de segunda categoria diante de Deus. De certa forma, a palavra de Deus exigia esta fidelidade e até recompensava a obediência. Vemos isso inúmeras vezes no Antigo Testamento, quando o Senhor promete livrar o povo dos seus males na medida em que obedecesse os mandamentos e voltasse aos caminhos do Senhor. Porém, isso não deveria ser visto como mérito do povo, mas como misericórdia do Senhor. Não são as nossa atitudes que merecem recompensas, mas nossas atitudes demonstram que confiamos na misericórdia e na graça do Senhor.
É o que Jesus diz no versículo citado do Evangelho segundo João. A obediência mostrará a quem queremos servir e isto agrada ao Senhor. E fazer assim, fará com que andemos por caminhos de paz e de cuidados do Senhor. Não será mérito nosso, mas graça e misericórdia do Senhor, o qual mostrou todo o seu amor em seu filho, Jesus, o Cristo. Nossas aflições devem ser expostas a Deus e precisamos trazer em sua presença nossas dores, pois assim mostraremos que confiamos na sua ação bondosa para conosco. Vamos obedecer e receber mais e mais cuidados do Senhor, pois permaneceremos perto dele, facilitando sua ação em nossa vida. Façamos assim.