SENHAS DIÁRIAS - 25.03.2021
Salmo 27.9 – Ó Deus, meu libertador, tu tens sido a minha ajuda; não me deixes, não me abandones.
Lucas 23.42-43 – O criminoso disse: – Jesus, lembre de mim quando o senhor vier como Rei! Jesus respondeu: – Eu afirmo
a você que isto é verdade: hoje você estará comigo no paraíso.
Davi é o autor do salmo 27. Seu louvor decorre das tantas vezes em que foi libertado de situações difíceis pelas quais passou. Ele reconhece que o Senhor é sua força e sua proteção. Mesmo que pessoas o desamparem, Deus nunca fará isso e já o demonstrou nestas inúmeras vezes. Davi se alegra por poder sempre voltar a louvar e bendizer a Deus. Ao mesmo tempo mantém seu clamor para que o Senhor permaneça cuidando dele em cada situação. A vida de Davi sempre foi marcada por perigos e dificuldades, algumas criadas por ele próprio e outras por pessoas ao seu redor. Chegou a fim da vida, com bastante idade, sempre sob a mão do Senhor. Seu clamor foi ouvido. Ele sabia a quem clamar e, apesar de sua vida de altos e baixos em relação à fidelidade a Deus, sempre soube buscar no Senhor a sua força. Ele nos indica para onde olhar e a quem clamar em nossas próprias aflições e dificuldades.
Os ladrões crucificados com Jesus tiveram atitudes diferentes, segundo Lucas. Se mostraram diferentes no fim. Um dos ladrões permanece “mau” na presença da cruz de Cristo, insultando-o, quem sabe querendo descarregar nele toda a sua dor do momento, sem ouvir a repreensão e os apelos do companheiro que também ia morrer. O outro é tocado e tem o coração quebrantado, repreendendo o companheiro, reconhecendo-se culpado, declarando a inocência de Cristo e suplicando para que o Senhor se lembrasse dele após a morte. Este homem não era bom diante das pessoas, mas tornou-se “bom” diante de Deus, isto é, acabou morrendo condenado como ladrão, mas também morreu como um homem bom. Os discípulos fugiram e ninguém ousava defender Jesus. Apenas este ladrão o fez. “Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino.” Como estas palavras devem ter tocado o coração de Jesus. Em meio à zombaria, ao escárnio e a irreverência, alguém o chamou Senhor. Durante a sua vida, esse ladrão fez escolhas erradas e ruins. Escolheu a moral errada e o comportamento errado. Mas no final da vida todas as suas escolhas, comportamentos e ações más foram redimidas por uma escolha certa: a fé em Jesus. Ele viveu mal, mas soube morrer bem. Ele se arrependeu. “Embora ninguém possa voltar atrás, na vida, e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”. Nesta frase eu vejo um resumo de uma vida colocada sob a mão de Cristo Jesus. Este ladrão agiu assim. Mesmo nos últimos instantes de sua vida ele iniciou um novo fim para ela. Ele nos ensina e nos motiva a confiar em Cristo Jesus e reconhecer nele o Senhor do mundo, da vida e da morte. Façamos assim. P. Luiz Carlos