Quando Deus chamou Abraão, para dele formar um povo, sua intenção era ter gente para anunciar que sua vontade era que as pessoas fizessem o que é correto e justo. Deus não formou um povo, depois chamado povo de Israel, apenas para ter uma nação que prestasse culto a Ele e fosse o único povo abençoado por Ele. O Senhor queria, e ainda quer, uma nação santa, uma raça eleita, para anunciar as maravilhas e a vontade de paz e bem que Ele sempre almejou para a humanidade. Nisso estava implícito uma série de mandamentos e normas para a melhor convivência possível para a humanidade. Israel, o povo que veio de Abraão, deveria ser o exemplo desta convivência fraterna e fiel ao Senhor. Por isso, seguir os mandamentos de Deus, mesmo que eles não nos salvem, pois Jesus é o único Salvador e Senhor, nos traz um viver bem entre as pessoas. E esse deveria ser o testemunho de seu povo, o que permanece até hoje, também com sua Igreja. Não somos um povo privilegiado para receber salvação, pois ela foi posta sobre toda a humanidade, mas somos privilegiados em podermos dar testemunho de como a humanidade deveria conviver para que o mundo fosse mundo de Deus.
Fomos libertados do pecado, nos diz Paulo, e fomos tornados escravos de Deus. Isso pode parecer negativo, mas a escravidão que Deus coloca sobre nós é um estado de plenitude em tudo o que é necessário para viver e sermos seres humanos plenos, no Senhor. A escravidão sob a mão de Deus é escravidão para a plena liberdade e para a vida em abundância. Sigamos os mandamentos como o caminho para o bem viver. Amemos a Deus e ao próximo como a nós mesmos. Isso nos dará, já agora, o início da vida eterna com o Senhor, a qual se manifestará plenamente nos novos céus e na nova terra. Façamos assim.