O povo de Israel reclamava constantemente para Moisés, dizendo que faltava comida, água, que o deserto era horrível. Havia um preço a ser pago para a liberdade na terra prometida e esse preço era andar pelo deserto até a nova terra. Ao invés de olhar para o futuro, para a nova terra, constantemente o povo olhava para o que havia deixado no Egito. Lá, diz o povo, havia comida com fartura e não passavam fome. A comida e a água eram escassas no deserto, mas ninguém morreria de fome. Na hora certa recebiam algo para matar a fome e a sede. Deus sempre renovava sua promessa e agia. Moisés estava entrando em depressão e chega a pedir que Deus tire sua vida, pois se sente impotente e incapaz de prosseguir liderando o povo. Era muita reclamação. O povo já estava enjoando do próprio maná. Agora querem carne. Deus então diz a Moisés que faça duas coisas. Primeiro deve repartir a responsabilidade sobre o povo com setenta homens e aliviar sua carga. Segundo deve avisar que no dia seguinte o povo comerá carne. Deus argumenta com Moisés e pergunta se Ele tem tão pouco poder que não pode atender este pedido do povo. No dia seguinte, sabemos, Deus manda codornizes sobre o acampamento e todos se satisfazem abundantemente. Deus tem a sua hora e nos desafia a confiar que Ele tem o necessário para nós.
Jesus ensina isso aos seus discípulos e ouvintes. Ele afirma que os pássaros não colhem e as flores não trabalham, nem tecem roupas para si, mas ninguém se veste tão lindo como elas. E os pássaros são sustentados por Deus. Portanto, não deveríamos nos preocupar com o que haveremos de comer ou vestir. Assim como cuida dos pássaros, Deus cuidará de nós. Essa palavra é extremamente desafiante. Ela mostra toda a nossa fragilidade no que diz respeito à fé e à espera em Deus. Nossa sociedade nos ensina exatamente o contrário. Vale para nós a palavra de Deus a Moisés: Será que eu tenho tão pouco poder? Ela continua viva e desafiadora também hoje. Somos animados a confiar no Senhor, pois Ele é o Pai bondoso.