Deus é misericordioso. Isso não é uma qualidade de Deus, entre outras, mas é o ser do próprio Deus. Ele quer o bem de toda a sua criação e tudo fez e faz para que o ser humano entenda isso e viva a partir disso. Isso se estende ao mais vil pecador. Diferente de afirmações que lemos e ouvimos nas mais diversas denominações, a Bíblia nos mostra que o Senhor não quer a condenação de qualquer ser humano. Pelo contrário, Ele quer restabelecer o bem em todos e para todos. Vemos isso também nesta história de Jonas. A malícia da cidade de Nínive, isto é, seus pecados e abominações pagãs, haviam subido até o Senhor. Deus se irou e se propôs a destruir a cidade. Enviou Jonas para que anunciasse este propósito de Deus. A mensagem que Jonas deveria pregar era simplesmente anunciar a destruição da cidade. Não havia um chamado ao arrependimento para mudar este propósito de Deus. A destruição viria e era inevitável. Porém, a cidade se deu conta dos erros cometidos e se arrependeu, inclusive seu rei. Nínive confiou na misericórdia do Senhor. A atitude de arrependimento verdadeiro e sincero do rei e das pessoas fez com que Deus também se arrependesse do castigo que estava proposto a aplicar. E decidiu não mais fazer isso. Jonas, então, amargurado, reclama que fez papel de bobo e pede para morrer, pois não quer enfrentar o vexame de sua palavra não se cumprir, e fica irritado porque Deus é piedoso, misericordioso, paciencioso e muito benigno. Ele apenas pensa em si, enquanto que Deus pensa no ser humano como um todo. Sua misericórdia tem a última palavra.
Pedro exorta seus ouvintes a perceberem esta misericórdia de Deus e que Ele tem toda a paciência do mundo e espera que todos se arrependam de seu errado e passem a viver conforme a palavra do Senhor. Esta palavra é vida em abundância e caminho seguro para o bem. Isso vale para cada uma e cada um de nós. Deus quer nosso arrependimento diário e um jeito novo de viver, um jeito que confie na sua misericórdia e viva de forma misericordiosa também. O Senhor é bom e só quer o bem.