A aproximação do Natal traz consigo o “canto” das cigarras. De fato, o som vem do esfregar das asas em um par de estruturas abdominais chamadas timbales. Assim, as cigarras conseguem controlar e amplificar sua “cantoria”. Outro inseto característico é o vagalume, que ilumina as noites natalinas. Na verdade, a “luz” são enzimas luciferases que produzem bioluminescência nos vagalumes por meio da catálise da reação de oxidação da proteína luciferina – uma molécula fluorescente que, ao ser oxidada, age como “emissor de luz”. Mas, não reflito tão somente sobre as maravilhas da criação. Sei que Deus é genial. Todavia, como pessoas, nem sempre conseguimos ser geniais. Estamos em meados de janeiro. Ainda não escutei uma cigarra e não vi nenhum vagalume. Será que estou desatento ou os insetos sumiram? Eu comento sobre a ausência das cigarras e dos vagalumes. Todavia, há gente preocupada com o sumiço das mamangabas. Ou seja, sem polinização há desabastecimento de alimentos. No momento, em Davos, autoridades de diferentes nações buscam a Cooperação em um Mundo Fragmentado. Como enfrentar os desafios globais mais urgentes, buscando soluções voltadas para o futuro, que envolvem produção de alimento e energia, sem relaxar com o meio ambiente? Como cristãos, não podemos esquecer que temos muita responsabilidade na questão, pois Deus nos deu a missão de cuidar e desenvolver a criação (Gênesis 2.15). Onde será que estamos falhando?
De 1984, “Manto Estrelado” com Dino Franco & Mouraí.