Celebração


ID: 2651

Por que Deus nos desapontou?

08/08/2020


Acolhida
Ao estrear este vídeo, com certeza o Brasil já passou dos 100 mil mortos pela Covid-19, aqueles contados oficialmente. Diante desse panorama, muita gente se pergunta: por que Deus nos desapontou? No culto de hoje, a história do profeta Elias nos ajudará a desvendar esse mistério.
Hoje também queremos partilhar uma oração e bênção para os pais em seu dia. Deus nos acompanha em nosso viver. Nos mais diversos caminhos que trilhamos, Deus vem ao nosso encontro. Mesmo diante de tanta destruição e morte, podemos ver sinais do Reino de Deus ao nosso redor.

Pregação baseada em 1 Reis 19.9-18:
Decepção é uma palavra que todos nós teremos a oportunidade usar em algum momento da nossa existência. Talvez, as pessoas nos decepcionam. Achávamos que elas eram diferentes, mas apenas descobrimos que são mais do mesmo. Outras vezes, as circunstâncias nos decepcionam. Em 2020, tudo ia dar certo, a economia finalmente parecia estar começando a melhorar, quantos planos, mas daí tudo o que já sabemos aconteceu.
Há também aqueles momentos em que nós mesmos nos decepcionamos. Ficamos desapontados porque pensávamos que seriamos diferentes. Desta vez sim íamos conseguir aquilo que tanto desejamos, a dieta, o estudo, os exercícios físicos. Mas, fomos vencidos por nós mesmos e não conseguimos.
E não por último também estão aqueles momentos em que sentimos que Deus nos desaponta. Deus não consertou aquilo que precisávamos, não deu a volta por cima, não mostrou, curou, apagou. Deus não se mexeu e a razão da decepção aparece porque você sabia que Deus bem que poderia ter agido. Mas, Deus simplesmente escolheu não o fazer.
Muitas vezes nosso desapontamento mostra o nosso caráter. Parece que estamos num teste. Como respondemos diante da decepção muitas vezes revela quem realmente somos e não apenas quem dizemos ser. E eis aqui que encontramos Elias no primeiro livro de Reis capítulo 19.
Depois de um tempo de sucessos e vitórias, onde Elias até conseguiu que Deus fizesse queimar lenha molhada, o encontramos tão desapontado que parece perto da depressão. Assim, Elias depois de tanta coisa boa se enfrenta à realidade, a realidade de que uma vitória não significa o fim dos desafios. De repente os céus parecem estar vazios, a terra deserta e o profeta está definhando. O porta-voz, outrora triunfante do Senhor, perdeu temporariamente sua fé exuberante e está afundado num desespero sombrio.
Por que Elias está ali? Qual é a fonte de um desespero tão grande? O que impulsiona o profeta a desistir de seu trabalho e testemunho? Ele é culpado daquilo que tantas pessoas são vítimas: aquele pensamento “fiz tudo certinho e mesmo assim, querem meu pescoço”.
Elias está focado naquilo que fez e considerava somente as possiblidades. Fica desapontado e desanimado quando as coisas não são mais só sucesso. Entende que nesse momento não consegue encontrar a Deus, mas Deus sim o encontra.
“E um grande e forte vento fendia os montes e quebrava as rochas diante do Senhor. Mas o Senhor não estava no vento. Depois do vento, houve um terremoto. Mas o Senhor não estava no terremoto. Depois do terremoto, veio um fogo. Mas o Senhor não estava no fogo. E, depois do fogo, veio o som de um suave sussurro.” (1 Re 19.11b-12)
Ainda que em outros momentos, Deus agiu através de fogo, ventos e terremotos. Nesta oportunidade, não é assim, Deus dispensou o extraordinário, pois considerou o ordinário, o comum mais apropriado nesta ocasião.
Uma das lições mais difíceis que temos de aprender é que Deus está no silêncio, nas influências suaves que estão sempre ao nosso redor, trabalhando conosco, para nós e sobre nós, sem nenhum indicativo. Devemos aprender a ouvir o Deus que está no silêncio e na gentileza. Talvez nossa falha em prestar atenção a esses pequenos detalhes é o que nos leva à catástrofe. Quando falhamos em discernir Deus na nossa saúde, Deus vem na doença. Quando falhamos em discernir a Deus em nossa prosperidade, Deus vem na adversidade. Quando falhamos em discernir Deus na calma, Deus vem na tempestade.
Neste tempo de tantas brigas, problemas, lutas, xingamentos, holofotes, talvez seja necessário prestar atenção ao silêncio, a voz calma que não se altera para indicar o seu ponto de vista, ao gesto amigo que sem grandes propagandas ajuda. Talvez, sim talvez seja momento de prestar atenção a esses detalhes onde realmente está Deus presente. Amém.

Culto com a participação de Eder Targino (piano), Lélia Brazil (flauta), P. José Kowalska, Elia Mello (voz) e do Grupo de Flautas: Amanda Carolina Kirsch, Ana Sophia Knaul Kowalska, Carolina Wolff, Daniel Wolff, Maria Luísa Cordeiro Braun e Lélia Brazil. As crianças tiveram autorização expressa pelos seus responsáveis legais para o uso da sua imagem neste vídeo.

Prelúdio You raise me up - Rolf Lovland e Brendam Graham - arr. Eder Targino


Autor(a): P. José Kowalska
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste / Paróquia: Rio de Janeiro - Bom Samaritano (Ipanema-RJ)
Área: Missão / Nível: Missão - Coronavírus
Área: Celebração / Nível: Celebração - Ano Eclesiástico / Subnível: Celebração - Ano Eclesiástico - Ciclo do Tempo Comum
Testamento: Antigo / Livro: Reis I / Capitulo: 19 / Versículo Inicial: 9 / Versículo Final: 18
Natureza do Texto: Liturgia
Perfil do Texto: Celebração
ID: 58197
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Fé e amor perfazem a natureza do cristão. A fé recebe, o amor dá. A fé leva a pessoa a Deus e o amor a aproxima das demais. Por meio da fé, ela aceita os benefícios de Deus. Por meio do amor, ela beneficia os seus semelhantes
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