Mais um dia o Senhor nos oferece.
Temos que andar, mesmo que nem sempre tenhamos certeza sobre o caminho.
Temos que enfrentar as situações, embora nem sempre saibamos como fazer.
Temos que tomar decisões, mesmo sentindo-nos despreparados.
Mas confiamos em Deus. Temos fé! E essa fé nos leva para a frente.
Pregação baseada em Mateus 9.35 - 10.8
Muitas pessoas usam o texto do Evangelho de hoje para justificar as vocações com ordenação. Se pensa que Jesus ao falar da falta de trabalhadores na seara se está referindo a pastores, pastoras ou a outros ministérios ordenados que a igreja tem. E em verdade pode ser usado com esse fim. Logo a seguir vem o texto com a lista dos 12 apóstolos, que quer dizer, enviados. Se naquela época o mundo parecia uma enorme plantação onde se precisava mão de obra, imaginem hoje. Precisamos de pessoas que possam liderar e ajudar a espalhar a mensagem, que ajam com firmeza diante das adversidades, que levem consolo para aquelas pessoas que estão aflitas ou exaustas. Mas, se pensamos que só um punhado de especialistas podem resolver tudo, estamos enganados. Os especialistas em verdade são muito importantes, também na Igreja. Porém, de que servem os conselhos ou indicações dos especialistas se as outras pessoas não os seguem? De que adianta anunciar uma mensagem se cai em ouvidos surdos? De que serve agir corretamente se as ações são desqualificadas por achismos sem sentido?
Jesus chamou e escolheu os doze discípulos. Com certeza vocês conhecem parte da história de vida deles. Nenhum era perfeito, até estava lá o Judas, que traiu o Senhor. Mesmo assim, Deus escolheu essas pessoas, chamou o seu nome e deu-lhes uma tarefa muito importante: levar adiante a boa nova da salvação gratuita oferecida por Deus à toda humanidade. O Reino dos Céus está próximo, essa é a mensagem principal que devia ser transmitida. Mas, essa transmissão não aconteceu somente com palavras, também acontecia com ações concretas. A gratuidade se fazia presente na vida das pessoas.
Em nossa sociedade, nós muitas vezes desconfiamos daquilo que é dado de graça, parece que tem algum truque ou está estragado, errado ou querem alguma coisa. Mas, Deus não pensa como nosso mundo pensa. O amor de Deus é gratuito, e o amor divino não está estragado, não existe nenhum truque por trás. O máximo que existe é que Deus quer cada um de nós mais perto. Parece que aquilo que Cristo fez não tem valor. Ele o fez de graça, pagou o preço que nós teríamos que ter pago. Parece que a ação de Cristo não tem valor, mas justamente é o contrário, tem muito valor. E nos ajuda a podermos seguir adiante em nossa vida. Somos convidados a olhar desde outra perspectiva para as situações que enfrentamos. Se hoje está difícil, paciência, amanhã poderá ser melhor. Nós descobrimos o valor diante daquilo que enfrentamos. E também podemos descobrir o valor daquilo que Cristo fez por nós.
Agora nosso canto é ambíguo, nossa oração é confusa, nosso ouvido se perde, pois somos simultaneamente justificados e pecadores. Somos amados por Deus ainda que não sejamos perfeitos. Nós somos assim, choramos quando estamos tristes, mas também choramos quando estamos muito alegres. Podemos experimentar paz, mesmo quando tudo parece ser caos ao nosso redor. Temos firmeza, mesmo quando tudo parece ruir ao nosso redor. Temos esperança, mesmo quando não conseguimos ver a luz no fim do túnel.
Será que nós conseguimos realmente entender isso? Será que conseguimos experimentar realmente isso? Deus nos chama de graça para um novo momento.
Vamos em fé e esperança, nosso Deus nos chamou pelo nosso nome para servir-lhe e obedecer-lhe
Culto feito em mutirão, com a participação de Eder Targino, Laudelino Duca Soares Mello Filho, Lélia Brazil e P. José Kowalska