Irmão e irmã, a paz de Cristo.
É semana santa. Semana na qual em nossas comunidades celebramos a entrada de Jesus em Jerusalém para a festa da páscoa e os acontecimentos ali ocorridos: a traição, prisão, julgamento, morte e ressurreição de Cristo.
No calendário da Igreja Cristã é esta a festa litúrgica mais importante pois Cristo foi o primeiro a ressuscitar e é a certeza de nossa salvação.
Impressiona sempre de novo a dureza da cruz na sexta feira da paixão. Paulo escreve acerca da cruz aos Filipenses: “Jesus Cristo se humilhou, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz.” (Fp 2.8)
Os romanos tinham a cruz como um instrumento de morte. Ladrões e subversivos eram crucificados à beira da estrada. Além de aplicar a pena de morte, também queriam dar um exemplo para toda a sociedade: ‘não siga o caminho desta pessoa para não teres o mesmo fim.’
Na sociedade a crucificação era uma morte cruel e, na prática religiosa, lugar do abandono de Deus (Dt 21.22-23).
Mas eis que celebramos nesta semana o inusitado de Deus: Cristo assume humildemente o lugar da morte inglória como caminho salvífico.
François Mauriac define bem a diferença da cruz romana para a cruz cristã quando diz: “A cruz tem sido venerada, porque Jesus foi pregado nela. Mas a cruz sem o Verbo não passaria de uma forca.”
A semana santa é este tempo que Deus nos dá não para venerar a cruz, mas para perceber que nela está Cristo, o Verbo de Deus. As cruzes, por mais dolorosas que sejam, ganham o sinal da esperança de Deus.
A cruz por si só é humilhação; a cruz carregada na defesa do Reino de Deus é esperança e ressurreição.
Encerro esta meditação com um convite: participe dos cultos e atividades da semana santa na sua comunidade. Informe-se dos horários, organize seu dia e deixe Deus, pela cruz de Cristo, renovar a esperança na cruz que carregas. Amém.
P. Marcos Jair Ebeling