Campanha Em comunhão com as viDas das mulheres


História de vida de Ursula Cenita Merer

05/02/2016

 

Nome: Ursula Cenita Merer
 

Tempo de participação na IECLB: Desde o Batismo
 

Paróquia: Canoinhas
 

Sínodo: Norte Catarinense
 

 

Eu, Ursula Cenita, nasci no dia 19 de março de 1953. Nasci num lar luterano abençoado por Deus com dois filhos e, para a alegria da família Merer, também com uma filha. Fui batizada em 5 de maio de 1953. Desde então, comecei a integrar a Comunidade Ressurreição de Marcílio Dias.

Minha família foi muito participativa na comunidade. Em tempos árduos de guerra, quando os pastores percorriam de cavalo ou a pé as comunidades, era em minha casa que deixavam o cavalo. Minha mãe, mesmo com parcos recursos – pois a guerra racionava tudo –, fazia bolachas de fubá e pão de milho para o café que era oferecido aos pastores.

Com alegria e descontração logo comecei a participar do culto infantil. As belas canções ali entoadas e as histórias bíblicas narradas pela senhora Ursula Voigt, a orientadora, me cativavam muito. Como era bom! As vezes fazíamos piquenique em lugares cheios de árvores e campos onde podíamos brincar à vontade e usufruir da maravilhosa natureza.

Meu irmão mais velho, Geraldo, foi um participante ativo do grupo da juventude evangélica, em nossa comunidade. Era dele a responsabilidade de dirigir o grupo de teatro. Foram muitas apresentações inesquecíveis.

Lamento que, apesar de todo o envolvimento com a comunidade, do apoio de meu pai e minha mãe, meu irmão não conseguiu vencer o vício da bebida. Ele faleceu prematuramente aos 47 anos de idade.

Em minha adolescência, participei ativamente do grupo de JE. Nossas reuniões aconteciam nos domingos à tarde e eram bem frequentadas. Tínhamos também um grupo de canto da JE. Saíamos a cantar para as pessoas que tinham 70 anos de vida ou mais. Íamos longe, muitas vezes a pé ou em uma Kombi. As pessoas se alegravam com o nosso canto. Elas ficavam esperando ansiosamente por nossa visita.

Mais tarde, iniciei no coral da comunidade. Somente interrompi minha participação no coral durante o tempo em que frequentei a faculdade de Pedagogia. Como professora em uma escola vizinha da Igreja, recebi o convite para ser orientadora do culto infantil. Aceitei e assumi esse convite por muitos anos.

Em 1974 me casei na Igreja Luterana. O casamento foi abençoado com um filho. Mas não foi um casamento duradouro. Por uma série de motivos o casamento se desfez.

Em relação à OASE costumo dizer que cresci junto com o grupo. Pois desde que foi fundado, em 07 de março de 1966, eu já o frequentava. Acompanhei a minha mãe em muitas reuniões e gostosos cafés da OASE. Toda essa experiência só me fez crescer e ajudar a ser o que hoje sou.

Participo do coral, do grupo de OASE e também sou coordenadora paroquial da OASE da Paróquia de Canoinhas. Participei do Curso de Aperfeiçoamento em Teologia, Bíblia e Missão durante os finais de semana por dois anos.

Após este curso, senti-me chamada a participar mais ativamente em minha comunidade e a demonstrar minha fé aos e às adolescentes do ensino confirmatório. Tento passar-lhes o maior número de informações sobre a Bíblia e a história de Jesus, nosso Salvador. Sinto-me muito bem neste trabalho voluntário, bem como no trabalho com a OASE.

Durante meu caminhar mudaria muitas coisas. Primeiramente me dedicaria mais a ajudar outras pessoas, bem como levaria o evangelho a mais pessoas. Iria ao encontro de pessoas necessitadas para compartilhar com elas o que tenho aprendido e experimentado a partir de minha fé.

Tive momentos marcantes na vida em comunidade. Meu pai e minha mãe muito ajudaram na construção do novo templo. E eu também contribuí na medida do possível. A inauguração deste novo templo foi muito marcante em minha vida. Houve uma procissão do velho para o novo templo. Eu e uma colega caminhamos à frente levando a chave e um buquê de flores. Muitas pessoas, em clima de festa, caminhavam conosco louvando e agradecendo a Deus.

Hoje, sinto-me lisonjeada em poder louvar a Deus com minha voz, através do canto, no coral de que participo. As senhoras da OASE apreciam muito as explanações e o meu jeito de transmitir a mensagem de Cristo, nosso Salvador. Participo também de um grupo da terceira idade que se reúne semanalmente. Em raras ocasiões, participamos da dança sênior e atividades físicas. Tudo isso nos dá muito prazer, ajudando a suportar as agruras de nosso dia a dia com fé.


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