Nome: Eliana Zummach
Tempo de participação na IECLB: Desde o Batismo
Comunidade: Alto Santa Maria do Garrafão
Paróquia: São João do Garrafão – Santa Maria de Jetibá/ES
Sínodo: Sínodo Espírito Santo a Belém
Eliana se envolveu desde cedo nos trabalhos da Igreja, a serviço de Deus. Aos 14 anos, começou, juntamente com seu primo (Rodrigo Zummach), a dar aulas de Culto Infantil, na Comunidade de Alto Santa Maria do Garrafão, Paróquia de São João Garrafão. A Comunidade era recém-formada. Antes, porém, era apenas um ponto de pregação, e neste não havia Culto Infantil. Tomou a iniciativa de criar um pequeno grupo de crianças e ensiná-las nos primeiros passos na fé, isto no ano de 2007.
Em 2011, assumiu a turma do 3° ano do Ensino Confirmatório, a qual orienta até hoje. Eliana relata que ensinar os jovens e as jovens lhe traz muita alegria. No mesmo ano, passou a integrar o presbitério de sua Comunidade, exercendo a função de secretária, na qual atua até hoje. Eliana, juntamente com as demais orientadoras do Ensino Confirmatório, realiza todos os anos os encontros e programas de Natal da Comunidade (tradição da Comunidade/Paróquia), que incluem teatros, encenações e apresentações de canções. Em 2013, assumiu um cargo importante em nível paroquial: é a secretária executiva da Paróquia. Segundo ela, é o trabalho com o qual se identifica.
Trabalhar com a Igreja lhe proporciona grande satisfação, contribuindo para um bem comum. “Trabalhar na Igreja e pela Igreja me traz felicidade, gosto daquilo que faço, acredito que isso é essencial para um trabalho bem-sucedido”, relata Eliana.Na opinião de Eliana, as mulheres atualmente já se veem mais incluídas no mercado de trabalho do que antigamente, e elas exercem um papel importante, visto na tomada de decisões. Segundo ela, vale lembrar que não estamos diminuindo a capacidade dos homens, mas ressaltando a capacidade das mulheres. Tentando chegar à igualdade nas relações.
Eliana se lembra da primeira pastora instalada na Paróquia de São João do Garrafão (entre 2004-2009); os membros acharam diferente por se tratar de uma mulher, houve resistências e críticas, mas no final a aceitaram muito bem. Eliana também se recorda da “desinstalação” da pastora. Ela assumiu o pastorado em uma Paróquia no sul do país, e vários membros ficaram muito tristes.
No município de Santa Maria de Jetibá/ES, ainda se tem certa resistência às mulheres, por se tratar de uma região com muitos descendentes de pomeranos e este ser um povo bem conservador. “Na Igreja percebemos esse reflexo, pois encontramos mais homens na diretoria e exercendo liderança, mas nada impede que as mulheres assumam funções no presbitério”, acentua. Ainda chama a atenção para o fato de as mulheres sempre estarem mais atuantes em trabalhos relacionados com o Culto Infantil e o Ensino Confirmatório.
Na opinião de Eliana, antigamente as mulheres eram mais excluídas do que agora. Mulheres não exerciam papel de liderança na Comunidade nem na sociedade e não tinham direito de voto. O seu trabalho era restrito ao lar. Eliana acredita na mudança e diz que as mulheres já se tornaram independentes, protagonistas e têm opiniões próprias.
Eliana acredita que o mais importante na vida da Comunidade é a união das pessoas. Isto é, trabalhar em equipe para resolver os problemas e conflitos, respeitar as opiniões alheias e diferentes, sem críticas ou discussões. Se as pessoas se doarem ao trabalho de forma integral e verdadeira, os benefícios serão para toda a Comunidade. Vários são os momentos que marcaram a sua experiência de vida em comunidade, mas a concretização do sonho das pessoas de construírem o templo da comunidade foi a que mais a marcou. Antes os cultos eram realizados dentro de uma escola; as pessoas batalharam para conseguir uma igreja e, quando chegou, o momento da inauguração (2008), ele foi de muita alegria.
“Agradeço por essa oportunidade de poder falar um pouco da minha atuação e vida na Igreja, também por poder falar de minha Comunidade e das ocorrências na mesma e principalmente pelas mulheres na comunidade/Paróquia. Sempre é maravilhoso poder compartilhar histórias de
vida.” (Eliana Zummach).
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