Jubileu 500 anos da Reforma
Batismo: Um ensaio sobre Mateus 28.18-20,
passando pela compreensão do Batismo no Catecismo Maior
Hermann Wille
1. Introdução
Tendo em vista o ano de 2017, a melhor forma de celebrar o jubileu dos 500 anos da Reforma é tentar rastrear o que não tem data. Quais são as conquistas que permanecem? Da mesma forma como as palavras de Mateus 28 após 2.000 anos reverberam em nós e em nosso meio, os achados e as descobertas teológicas de Lutero nos inquietam e desafiam: um legado, um patrimônio imaterial, um bem comum para toda a humanidade em todos os tempos.
A abordagem teológica que se aproxima do Ressurreto e busca assumir a incumbência recebida acaba olhando nos olhos, vê a fragilidade e a insignificância dos envolvidos. O interesse está todo voltado àquilo que transformou o vestígio pascal, lenta ou repentinamente, no começo de um “movimento”.
2. O texto: “Ide...”
Por águas nunca antes navegadas...
É fundamental considerar que a obra de Jesus de Nazaré não fora realizada apenas nos contornos do que agora era percebido e lembrado pelos mais próximos, mas, sim, na circulação social que já havia acontecido e que iria continuar acontecendo. Os seguidores de Jesus encontravam-se entre o instinto de autopreservação ou transformação. Encontram-se entre o Ressurreto, diante do qual tateavam inseguros, de um lado, e o consolo de sua volta, que se postergava mais e mais. “Não queira ir o sapateiro além das sandálias”, ensina o velho ditado. No momento em que os discípulos descalçavam as sandálias, há que se considerar como a espécie humana se relaciona com suas fronteiras, sejam elas físicas, psíquicas, políticas, éticas ou religiosas. Eis os aspectos implícitos em Mateus 28.
A abrangência universal de Cristo já não está mais em questão, visto que o Evangelho de Mateus não poderia retroceder em relação a conquistas anunciadas no passado, por exemplo em Isaías 51.4. A questão que se colocava agora para seus seguidores era basear a missão no anúncio do Cristo ressurreto ou na perspectiva do Cristo que voltaria em breve. Sabemos que a radicalidade foi estabelecida no presente. Quanto mais profundos os esforços preparatórios de um movimento missionário, tanto maior o seu foco no aqui e agora. A missão passou a abordar e a acolher no barco pessoas de contextos sociais e culturais diferentes. Começaram a surgir comunidades. Cabia agora buscar o jeito e a forma adequada para viabilizar a convivência e a comunhão entre pessoas com origens e costumes diferentes. Eis o desafio que se colocava.
3. Uma cartilha para navegar em águas turbulentas
A abordagem do Batismo no Catecismo Maior também tem como pano de fundo um momento crucial entre a necessidade de transformação que se impõe e o instinto reativo de autopreservação diante de um cenário ameaçador. O mundo feudal desmoronava, e o mundo moderno, inquieto, queria nascer. Seus traços não eram conhecidos. A reflexão de Lutero, ao aprofundar a compreensão do Batismo, foi marcada por esse momento de ruptura, transição e renascimento. Procurou o jeito e a forma de navegar entre o existente, conhecido, e aquilo que estava à espreita, o desconhecido. O Evangelho de Mateus anuncia coisas importantes na montanha entre o céu e a terra. Lutero, por sua vez, arrisca um mergulho e assim aponta para algo que acontece entre o céu e as profundezas das águas. A imagem de “afogar o velho Adão para renascer o novo homem” (CATECISMO MAIOR, p. 116) é a representação clássica dessa tentativa. A necessidade de mergulhar nas águas (morrer) e emergir (renascer) desdobra a reflexão do “velho” e habitual, de um lado, e o necessário mergulho no diferente e estranho, de outro. O “antigo” precisa ser tirado das águas – resgatado. Da mesma forma, o que há de vir também precisa passar pelas águas e ser resgatado. Ambos renascem, então, para uma nova realidade, que desperta de uma curiosidade aguçada. Surge assim a possibilidade de um hoje e um amanhã que os seres humanos mergulhados nos velhos hábitos não sabiam ser viáveis. Antes do Cristo ressurreto, os discípulos também não sabiam ser viáveis. Eis a relação entre Mateus 28 e a compreensão do Batismo em Lutero. “Deixar a pessoa antiga correr solta faz com que a desvirtude vá crescendo” (CM., p. 116), pois a pessoa antiga não para de desenvolver aquilo que se desenvolve a partir dos limites e das falhas que são próprias da natureza humana. O reconhecimento das limitações, assim como o reconhecimento do erro (arrependimento) são artigos raros e caros em nossa espécie. Assim, o respeito às limitações ou às fronteiras convive com o desejo de ignorá-las.
4. Um divisor de águas na teologia
“O Batismo é mais do que um ato uma vez praticado.” São Jerônimo fala da penitência como “a outra tábua que precisamos para escapar nadando depois de ter rachado o navio no qual embarcamos”... “Essa não é uma formulação correta, uma vez que o navio não racha, uma vez que é ordenamento de Deus e não coisa nossa. O que acontece, sim, é que deslizamos e caímos fora. Mas, se alguém cair fora, deve procurar voltar novamente e esforçar-se até conseguir entrar de novo. Depois deve seguir em frente, como iniciado anteriormente” (CM, p. 117).
Todos apenas conheciam o abraço dos afogados, experiência de se salvar agarrado aos destroços dos recorrentes naufrágios. Hierarquias, privilégios, segregação, culpa, julgamentos, estigmas, não aceitação por inteiro são os sintomas que decorrem do abraço dos afogados. O moralismo e o fundamentalismo resultam de teologias que olham para os destroços e perdem de vista o barco que é acessível a todos. Que se mantém íntegro, viabilizando sustentabilidade para todos. Desconsiderar a integridade do barco que segue induz ao imediatismo. Esse é refém do olhar apavorado que considera e alimenta-se apenas da sorte de ter encontrado uma tábua de salvação.
A teologia do Batismo não se desenvolve entre os que encontraram tábuas de salvação mais ou menos adequadas. A mensagem do Batismo lembra-nos que, na travessia, todos acabam escorregando e caindo ao mar e, mesmo que isso ocorra, ressurgem. Ao vir à tona, não precisam apenas se apegar aos fragmentos. Devem olhar em volta, reconhecer o barco que estará lá, que segue calmamente. Bastam algumas braçadas em sua direção. Importa chegar junto, deixar-se içar e pisar novamente no convés com os dois pés. Devolvido à comunhão do convés, é possível seguir em frente. Resgatado sim, e mais, nascido novamente das águas, com uma vida integralmente nova.
O reconhecimento das limitações assim como o reconhecimento do erro são artigos raros e caros (querido, precioso, custoso) em nossa espécie. Assim, o respeito às limitações ou às fronteiras convive com o desejo de ignorá-las. As limitações podem ser também um ativo a ser explorado. “Sintam culpa e paguem por ela”, dizem aqueles que se colocam acima dos outros. O domínio pela culpa é poderoso, propaga-se de forma sutil, não precisa de golpes para acabar com a liberdade das pessoas e com a saúde da comunidade. Nesse contexto, a importância do conceito de arrependimento em Lutero, o motivo de ter dado tanta ênfase a ele no Catecismo Maior, diante da prática difundida na época pela igreja de Roma, em que se “pagava” para livrar-se dos erros. A instituição receptora devolvia com a absolvição. O beneficiário atribuiu a ela uma função divina, enquanto esse não advogava o direito de ser e sentir-se qualificado diante de Deus e dos homens. Resta passar pela vida como um ser desqualificado, ao qual cabiam o “pedágio”, os “juros” por estar eternamente no vermelho. Na outra ponta, o protestantismo calvinista difundia uma pretensa eleição. Os eleitos podiam considerar-se pessoas com vantagens preestabelecidas por Deus. Entre as opções romana e calvinista encontra-se o caminho igualitário e universal proposto por Lutero. Contempla a condição do ser humano. A graça viabiliza um processo contínuo de libertação. Essa compreensão desmistifica os erros, tira-lhes o “caráter absoluto” – esse “menos” (opção romana) ou “a mais” já conquistado (opção calvinista). A teologia desenvolvida por Lutero leva a um caminho saudável e livre. Recoloca o ser humano, continuamente, numa posição que lhe devolve dignidade e liberdade para ser aquilo para o qual foi criado e vocacionado por Deus.
A prática religiosa que induz a um “pagamento” tem suas raízes na relativização da radicalidade salvífica e gratuita de Deus. Oferece, mediante pagamento, as conhecidas “tábuas de salvação”, omitindo a integridade do barco, ao qual todos podem ter acesso. A opção católica romana sugere uma apropriação do barco pela instituição. A opção calvinista fala que os eleitos, que, por serem eleitos já se encontram no barco, devem apenas trabalhar com afinco para fazer reluzir o fato de se encontrar lá. A compreensão luterana, defendida no Catecismo Maior, fala-nos do barco que, em função da vontade e promessa de Deus, mantém sua integridade através dos tempos. Afirma a capacidade do timoneiro, Jesus Cristo, cuja presença conduz o barco e o resgate dos náufragos, garantindo, assim, indistintamente, o acesso a todos. Não se trata de uma questão de interpretação. Fato é que todo ser humano, em algum momento, acaba fora do barco, mergulha e perde o chão sob os pés. Ao ser resgatado, voltar ao barco, segue em frente restituído em sua integridade e dignidade. Dessa compreensão e vivência resulta uma visão de conjunto que não existia antes. Todos no mesmo barco sob as mesmas condições! A forma de ir, interagir, ensinar e conviver, conforme o mandato de Mateus 28, defendida no Catecismo Maior, viabiliza uma visão de conjunto não considerada pela sociedade de consumo, suas ideologias, crenças e suas relações destrutivas com o meio ambiente. A teologia no Evangelho de Mateus, reiterada no Catecismo Maior, leva as comunidades a redefinir-se continuamente sem abrir mão da sustentabilidade e da acolhida universal.
5. Desafio teológico na atualidade
Lutero transformou o consumo mundano da religião em uma religião para os seres humanos no mundo. Em outras palavras, ao lidar com os limites da condição humana, pessoal e coletiva, redescobriu a forma leal de Deus lidar com essa realidade, sem desqualificá-la e destruí-la. Aprofundar e atualizar o jeito e a forma de falar e ensinar a respeito da religião para os seres humanos no mundo fará com que a reflexão teológica atual possa estar à altura dos desafios impostos pelas tendências ideológicas e religiosas consumidas atualmente.
A lógica da globalização desempenha um papel em todo o mundo, afeta a dimensão subjetiva dos indivíduos e comunidades, acorda processos que atingem a subjetividade por meio dos quais se constrói, se fragmenta e se reconstrói o vínculo social e comunitário. Neles é que são inventadas formas de ação, individual e coletiva, declinam ou são transformadas as instituições, são desafiadas, destruídas ou modificadas as normas sociais e culturais.
Com a longa noite de predomínio das teses neoliberais difundiu-se a crença de que as comunidades são irrelevantes; o que importa é o indivíduo. As recentes manifestações nas grandes cidades parecem indicar o despertar de uma consciência de que o individualismo não é o caminho. Parece indicar ainda que é chegada a hora das comunidades empreenderem ações coletivas globais, reorganizando--se em organismos capazes de defender seus interesses diante da lógica apátrida que tolhe a vida e o bem comum. Com a volta dos atores coletivos, a missão que promove a comunidade precisa reinventar-se, pensar seu papel e testemunho num mundo globalizado. A mobilidade em escala mundial, as modernas tecnologias de comunicação que conectam as pessoas em fração de segundos. As subjetividades sendo construídas rapidamente em espaços supranacionais em que a diversidade assume um caráter global. As construções culturais e religiosas dos fluxos migratórios vêm se conjugando com as transformações internas das comunidades receptoras para produzir novas identidades em escala planetária. Horizonte já contemplado em Mateus 28.
Por outro lado, com o nacionalismo que a atual crise favorece renasce o desejo de fechamento das comunidades sobre elas mesmas em sua suposta homogeneidade cultural ou racial. Brotam atitudes racistas e de discriminação cultural e religiosa, tendem ao fechamento de grupos e comunidades em si mesmos, estreitando seus laços por intermédio da religião. Urge abrir mão do complexo de cristandade, pretenso poder para penetrar os demais setores da vida social e organizá-los de acordo com a lógica de seus princípios, sem ser por eles penetrado em igual medida. Confiar no Ressurreto e assumir a sua presença em nossa história significa ir além do comportamento que “metaboliza” as mudanças inevitáveis, adotando-as como a nova forma dos velhos padrões e subvertendo seu impacto transformador pelo preenchimento de seu conteúdo com as mesmas pautas até então vigentes, garantindo, por esse processo, sobrevida ao “Velho Adão”, sua reprodução e continuidade nos novos tempos. A mudança da forma não produz mudanças no jeito de ser. Pode-se dizer que a nossa história tem sido a história de diferentes formas, geradas pelo mesmo jeito de ser. Em outras palavras: a permanência no tempo que não confia na ressurreição mergulha, mas, ao ressurgir, agarra-se aos fragmentos que repetem as soluções falsas do velho jeito de ser. “Afogar e ressuscitar” fala de uma mudança radical dos paradigmas, que desestabilizam ou destroem as bases da configuração estrutural, vigentes na sociedade e no sistema de valores das pessoas. Seguir o Ressurreto e ensinar leva a uma mudança no jeito e na forma de encarar a vida e as coisas.
6. Desafio pastoral e missionário
Muita coisa do que se falou e praticou no ambiente religioso tem um tom “nós somos diferentes desses ou daqueles”. O mandato no Evangelho de Mateus não se interessa por isso. A ênfase deve ser colocada nos conteúdos e na possibilidades que ainda não existem. Passam a existir quando confiamos no significado da Páscoa, no poder do Ressurreto: “Ensinem, demonstrem que é possível morrer e renascer”.
Ao sermos confrontados verdadeiramente com todas as coisas nas quais nos apegamos ao longo da vida, ocorre uma ruptura para a qual nunca estaremos preparados. Se pleitearmos ininterruptamente por segurança, como nos iremos comportar num contexto que causa estranheza e insegurança? Se pleitearmos todo o tempo por reconhecimento e garantias, como reagiremos no momento em que perdemos o chão sob os pés? A forma como lidamos agora com as nossas experiências determinará a forma de lidarmos com os desafios no amanhã. Será apenas mais do mesmo? Quando não ocorre a imersão na água, conforme Lutero, “e se deixa a pessoa antiga correr solta... a desvirtude vai crescendo... a pessoa antiga não para de desenvolver sua índole natural” (CM, p. 116).
Como lidar então com situações em que perdemos as nossas referências e ficamos desorientados? Abrimo-nos para o que é incomum e assustador ou nos retraímos para o primeiro reduto que se nos apresenta? Diante do perigo, conseguimos permanecer serenos e receptivos? Encaramos os acontecimentos que se avizinham? Valemo-nos dos recursos que temos e então mergulhamos de cabeça na situação? Fazemos de tudo um estado de calamidade e emergência? Enrijecemos o nosso corpo e ficamos à espreita de um momento oportuno para safar-nos do perigo? Optamos pelo “efeito boiada”? Somos pessoas que admitem medos e dúvidas? Concedemos a eles um espaço? Procuramos desmistificar os problemas, recolocando-os na esfera do real, para então lidar com eles de forma sóbria e objetiva? O que fazemos quando, em meio a uma realidade que nos é estranha, percebemos nosso despreparo? Ao sermos confrontados, verdadeiramente, com todas as coisas às quais nos apegamos ao longo da vida, ocorrem inevitavelmente uma ruptura e uma transformação.
Mergulhar e ressurgir deixa para trás a compulsiva necessidade de autopreservação e liberta para a missão. Graças ao Batismo, podemos seguir em frente, transcender tudo o que nos trouxe até aqui.
“Não desviemos os nossos olhos! Não fechemos os nossos ouvidos e a nossa boca! Vamos seguir em meio a este mundo que se esfacela, olhando para a rocha eterna, da restauração que não tem fim” (TILLICH, Paul. “Die Erde bebt”, Religiöse Reden, 1. Folge “In der Tiefe ist Wahrheit”.)
7. Caminhos para a prédica
No Evangelho de Mateus, as coisas importantes ocorrem no alto de uma montanha, entre o céu e a terra. É lá que o Ressurreto aparece mais uma vez a seus amigos e colaboradores. Um grupo que experimentou perda, decepção e desânimo. Muitos não conseguiam acreditar em sua ressurreição. Não queriam, mais uma vez, criar expectativas para, em seguida, colher nova decepção. Mateus descreve essas reações de forma sóbria. Os céticos e os menos céticos acabam subindo o morro. “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado...” (Mt 28.18s. Almeida, Edição Revista e Atualizada, 1960).
A vida prevalece. Tudo volta a ter sentido. Compreenderam que Deus não é indiferente em relação ao que ocorre neste mundo. A ressurreição rompeu a barreira maior. Existem alternativas e possibilidades para além de toda e qualquer barreira que possa surgir. Suas palavras repercutiram e desafiam o percurso desses 2.000 anos. Uma história com luzes e sombras. O mandato também foi usado para encobrir interesses outros, para a expansão econômica e o domínio político. Toda vez que esses interesses prevaleceram foi ferida a dignidade das pessoas, transformando-as em objetos depreciados. Ações missionárias colecionaram momentos de abnegação. Houve sofrimento para os envolvidos. No contexto das Américas, os povos indígenas e africanos foram vítimas dessas ações.
Esse “Ide” impediu que a fé cristã se limitasse a experiências subjetivas, expôs o cristianismo ao tempo e à história. Nessa dinâmica, cabe a tarefa de reencontrar, a cada momento, a qualidade e as possibilidades apontadas pelo Ressurreto. E assim buscar, de forma mais intensa, mais do que foi feito tantas vezes, o contato com o dia a dia do mundo. A forma das pessoas refletirem a respeito da vida. Reconhecer suas necessidades reais. Entender seus costumes, desejos e preocupações. Perceber as tendências do momento. Com sensibilidade e discernimento, encontrar as palavras pertinentes de forma clara, concreta e compreensível.
As falas religiosas, mesmo com todo o esforço e elaboração, tantas vezes reagem a perguntas defasadas. São abstratas, distantes e alheias ao mundo real. Falas que repetem e reproduzem velhas fórmulas, que oscilam entre a incapacidade de reação, algumas tentativas isoladas, ignorância e recuo para salvar o que resta.
“Ide...” – Não recuem. Não se retraiam. Não se recolham às fórmulas conhecidas. Cuidado com as construções mentais que condicionam o jeito de falar e de agir. Interajam com o mundo sem preconceitos. Evitem as respostas e julgamentos pré-concebidos. Ensinem e aprendam. Usem intensamente, sem reservas, o coração e a mente de vocês. Façam um esforço para perceber e acolher as coisas como são. Confiem no vestígio pascal que se move para agir no comportamento e na envergadura dos seres humanos e suas comunidades. Sem pressão por resultados. Sem tensão desnecessária, num clima de confiança, contemplação, acolhimento, aprendizado e crescimento.
8. Subsídios litúrgicos
Hinos: HPD 04 / HPD 98 / HPD 132 / HPD 2 .
Leituras: Jonas 2.1-10 / Salmo 138.7-10 / Mateus 8.23-26 / Mateus 14.22-32.
Oração: Dirigimo-nos a Ti, Deus Pai, para que em teu compassivo coração, toda a criação encontre vida e salvação. Para que o universo e cada um de nós, mergulhado no amor divino, sejamos testemunhas da ressurreição, da graça e restauração que não tem fim. Amém!
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