Nos dias 24 a 29 de maio mais uma vez estivemos todos reunidos na Folkhögskola em Sigtuna. Antes disso, porém, cada um de nós, intercambistas, passamos novamente pelo processo de despedida de nossas comunidades, de nossos novos amigos e de tudo aquilo que ali construímos durante aquelas semanas.
Particularmente posso afirmar que foi um momento de sentimentos muito confusos. Neném e eu fomos muito bem recebidas em nossa segunda comunidade de Mariefred. Nossa supervisora se tornou muito próxima e amiga. Ela era incansável quando se tratava de nos proporcionar as melhores oportunidades e atividades.
Nesse segundo período tivemos também a oportunidade de encontrar os quatro jovens suecos que estiveram no Brasil em 2009. Esses foram, sem dúvida, alguns dos dias mais animados de todo nosso intercâmbio e dos quais já sinto muita falta.
Além disso, a família que me recebeu e me hospedou acabou se tornando minha própria família na Suécia. Ali realmente me sentia em casa e lembro-me com saudades de nossos jantares que duravam 3 ou mais horas por causa de nossos intensos diálogos.
Mas já era quase hora de estar novamente com nossos amigos do grupo e de voltar para casa, isso nos animava. Assim, à medida que fomos reencontrando nossos amigos e colegas de intercâmbio na escola em Sigtuna, todo o sentimento de tristeza pela despedida desapareceu.
Estes últimos dias foram cheios de atividades. As avaliações do intercâmbio já iniciaram no primeiro dia, sendo que foram utilizados vários métodos para verificar o que vivemos e como nos sentimos durante esses três meses em um país totalmente diferente do nosso e também em uma Igreja que celebra e vive uma realidade diferente da IECLB.
Além das programações formais realizadas na escola, também tivemos nossos momentos de descontração. Na terça-feira, dia 25, as coordenadoras Maria e Malin, e a tradutora Sanna, acompanharam todo o grupo em um dia diferente na capital Estocolmo. Visitamos o Castelo e Igreja da família real, fizemos um passeio de barco passando pelos principais pontos turísticos da cidade e ainda aproveitamos algumas horas num parque de diversões.
Mas o divertimento não terminou por aí! As “reuniões extras” do grupo aconteciam praticamente todas as noites e invadiam a madrugada com muita conversa, risada e música. Isso, com certeza, fortaleceu ainda mais a união e os laços de amizade entre o grupo.
Na madrugada do dia 29 aos poucos tivemos que nos despedir. O primeiro grupo que deixou a Suécia foi o da Tanzânia, depois os Filipinos, os Costarriquenhos e, por fim, nós brasileiros. As músicas que cantamos juntos e que marcaram nossos dias, somadas, dessa vez, a lágrimas predominaram naquele momento.
De volta ao Brasil, também nós tivemos que nos despedir uns dos outros para voltar às nossas diferentes regiões de origem. Depois de tudo isso o que ficou gravado, com certeza, é toda a alegria vivida e as amizades verdadeiras que não diminuíram de intensidade apesar de toda a distância que agora nos separa.
Hoje, novamente juntos às nossas famílias, aos nossos amigos e também de volta à nossa comunidade luterana brasileira estamos cheios de vontade de compartilhar os bons momentos desse intercâmbio, assim como também fazer uso das experiências e do aprendizado em nossas comunidades e Sínodos. Cada um de nós tem agora a tarefa de dividir o que somamos na Suécia. Nosso objetivo depois de tudo que recebemos durante o intercâmbio é de, no mínimo, partilhar e trocar experiências dentro da nossa Igreja e de, quem sabe, conseguir, de alguma forma, melhorar ainda mais nosso jeito de ser luterano e de ser IECLB. Estamos à disposição para isso.
Agradeço mais uma vez a todos os novos amigos e amigas, agora distantes, pelos dias maravilhosos juntos, obrigada à IECLB pela oportunidade e obrigada à Svenska Kyrkan por cada momento e por ter acrescentado tanto em minha vida.
Danieli Weirich
pelos representantes da IECLB no intercâmbio da Suécia - 2010