Você tem sede do quê?

17/11/2016

O povo está sedento e nós também. Temos sede de justiça. Temos fome de misericórdia. Buscamos com todas as nossas forças uma vida melhor, para nós e para nossos familiares. Estamos sedentos de melhores oportunidades. Sedentos por emprego, por valorização pessoal e profissional. Corremos atrás de paz e felicidade. Nesta busca, muitas vezes desenfreada, nem sempre julgamos se é certo ou errado. Precisamos de alento, pois se estamos sedentos é porque nos falta. Falta-nos justiça, nos falta misericórdia, nos falta oportunidades, nos falta emprego, nos falta educação, nos falta saúde, nos falta à dignidade da vida.

No tempo de Jesus não era diferente. Os discípulos depois de voltarem de sua missão de pregar o evangelho estavam cansados porque era grande o número de pessoas que precisavam de ajuda. Na tentativa de descansarem não conseguiram, as pessoas não estavam saciadas queriam mais. Desejavam viver a salvação. Ao ver a multidão Jesus teve compaixão dela porque pareciam ovelhas sem pastor, sem orientação e desgarrados cada um vivendo à sua própria maneira. Jesus então passou a ensinar-lhes.

Hoje nos falta tanto. Porém, quando na sede de resolver nossas dificuldades, colocamos nossos interesses pessoais à frente da necessidade das outras pessoas o que se instala é a discórdia.

“Deste jeito que a coisa está andando, sistema escraviza e nos domina. Ele é o mal que está nos desviando da verdade que Cristo hoje ensina.” (Essa é uma canção antiga e atual). O sistema que nos domina é a estrutura social, política e econômica em que vivemos. Esta estrutura é governada pela cobiça e pela ganância de quem coloca seus interesses à frente das necessidades do outro. Somos vítimas dela quando ela nos torna parciais e não nos permite enxergar o todo.

Como Igreja, somos como os discípulos e as discípulas de Jesus, também exaustos de tanto fazer. O que se vê é que parece que tudo o que foi feito pouco adiantou, diante da grande necessidade em que se vive. E é precisamente nesse momento no qual nossas forças chegam a um limite, que vem ao nosso encontro, o próprio Senhor. É Ele quem nos ensina, que salvação nos compromete com o próximo.

As pessoas estão sedentas. E para elas Jesus diz: “aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede” Jesus é a fonte de água viva quem dele bebe jamais terá sede.

Por isso, como Igreja nossa tarefa é apontar para Cristo. Nada menos, nada mais. Somente anunciar e ensinar o que ele fez e ensinou. Amém
 


Autor(a): P. Carlos Alberto Radinz
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste
Área: Confessionalidade / Nível: Confessionalidade - Prédicas e Meditações
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 40277
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Martim Lutero
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