Você já jejuou?

30/07/2012

Então os discípulos de João vieram perguntar-lhe: “Por que nós e os fariseus jejuamos, mas os teus discípulos não?” Jesus respondeu: “Como podem os convidados do noivo ficar de luto enquanto o noivo está com eles? Virão dias quando o noivo lhes será irado; então jejuarão.” Mateus 9.14-15

Você já jejuou? Essa prática está um pouco esquecida entre alguns cristãos. A pergunta que surge é: Por que jejuar? Será que precisamos dele hoje? Jesus não condenou o jejum, pois ele mesmo jejuou (Mt. 4.2). Ele ensinou que o jejum era uma escolha pessoal. No Antigo Testamento pessoas jejuavam por motivos de luto, arrependimento ou por grande necessidade (Juízes 20.26; 1 Reis 21.27; Esdras 8.21).Os seguidores de Jesus não passavam por nenhuma dessas situações. A simples presença do Mestre era motivo de plena alegria. Mateus, ao começar a seguir Jesus, ofereceu um banquete (Lc 5.29). Outros, como Pedro e Zaqueu, ao compreenderem quem Jesus é se arrependeram espontaneamente (Lc 5:8; 19:8). Embora tenham deixado tudo para seguir Jesus, seus discípulos descobriram que não lhes faltou coisa alguma (Lc 22.35). Não havia necessidade para os discípulos jejuarem. Nos dias do Novo Testamento, os fariseus tinham transformado o jejum em um ritual e um espetáculo. Jesus ensinava que o jejum é para ser feito em particular e não para impressionar os outros (Mateus 6.16-18). Ele também ensinava que o jejum é para ser feito em ocasiões apropriadas, isto é, em tempos de aflição (Lucas 5:33-39). O jejum não é um ritual mecânico, para ser praticado simplesmente com o propósito de jejuar. Mas quando a tristeza, a culpa ou a necessidade por uma comunicação mais íntima com o Senhor pede isso, então o jejum pode ser praticado. Assim jejuaram os cristãos do Novo Testamento, jejuaram em momentos de consagração ou dedicação (Atos 14.1-3, 23). Hoje, ainda podemos jejuar para nos dedicarmos a oração por algum motivo mais específico. Uma necessidade especial de nossa sociedade, da nossa comunidade ou em nossa vida pessoal. Ao ficarmos em jejum estamos pedindo que o Senhor que nos sustenta dia a dia supra nossas necessidades. Estamos lembrando que não só de pão vivemos, mas a vida em toda sua profundidade vem do relacionamento com Deus e de sua graça. Colocando nossas necessidades em confiança que o Senhor irá supri-las. Sacrificamos refeições e separamos nosso tempo para concentrar na oração. Mas, vamos lembrar quão privilegiados somos para viver na presença de Jesus o dia todo, com o Espírito Santo nos enchendo e a Palavra de Deus alegrando nossos dias. Estamos um dia mais próximo ao grande banquete das bodas do noivo e um dia menos distante da grande celebração celestial. Vem Senhor Jesus!
ORAÇÃO:
Meu Senhor, obrigado pelo meu alimento diário quando tantos não o tem. Que eu possa sempre depender de tua graça. Que o jejum me ajude a fortalecer minha dependência de Ti, para que em minha vida eu seja liberto da dependência de qualquer outra coisa. Ajuda-me a ver que Tu me auxilias em todas as minhas necessidades. Perdão porque não vejo Jesus ao meu lado, eu deixo as preocupações e frustrações deste mundo me entristecerem. Conceda que a comunhão contigo pela oração me faça ver que não preciso ter medo de nada pois Tu estás me guardando. Amém.


Autor(a): Pastor Osmar Diesel/Panambi - Paróquia Evangélica Panambi Sul
Âmbito: IECLB / Sinodo: Planalto Rio-Grandense
Testamento: Novo / Livro: Mateus / Capitulo: 9 / Versículo Inicial: 14 / Versículo Final: 15
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 15946
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Quando Deus parece estar mais distante, mais perto de nós Ele se encontra.
Martim Lutero
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