Dona Clotilde foi hospedada no Lar da Velhice pelos seus filhos. Já bem idosa, sofrendo de artrite, ficava sentada diante da janela da frente, assistindo o tráfego movimentado da rua e comentava: Eu não sei o que faria se não tivesse todo esse movimento para me distrair. Mais tarde, acamada, a filha a levou de volta para sua casa. Ela foi colocada num quarto nos fundos da casa, de onde não podia ver mais o tráfego intenso da rua. Frente a esta nova situação, ela disse: Eu gosto ainda mais desse lugar. Daqui eu posso ouvir as doces crianças do vizinho, brincando no quintal. Por fim, a filha, devido ao desemprego, mudou-se para um bairro humilde e afastado do centro da cidade. Ao sobrinho que a visitava, ela confessou: Abra a cortina e veja a bela visão do céu que tenho daqui! Em todas as circunstâncias narradas, a idosa mantinha o bom-humor, a alegria e o prazer em sua vida. Qual o segredo de sua felicidade? Por que não murmurava? Por que não maldizia sua sorte? Por que não vivia culpando o mundo e as pessoas pelo que lhe acontecia? A resposta é muito simples: Ela tinha Jesus no coração.