Ontem escrevi sobre mansidão, citando Cristo com exemplo. Com justiça, alguém questionou: Então, o que foi aquele ataque de nervos no templo, quando Jesus virou a mesa? Não há como negar o fato! Ele amava aos amigos, instruindo-nos na fé. Também, amava os inimigos, chamando-os à conversão. O que Jesus não tolerava era uma religião apenas de aparência, onde a pessoa procura se promover condenando o outro. Como exemplo clássico, há a parábola do fariseu e do publicano (Lucas 18.9-17). Em Jerusalém, o culto estava sendo usado para explorar o povo. Jesus não tinha problema com a tradição do sacrifício, nem com o dinheiro, muito menos com o comércio. Mas, quando, na prática da fé, o povo era explorado, Jesus precisou virar a mesa. Infelizmente, durante toda a história da cristandade sempre houve espertalhões usando a fé para arrecadar dinheiro ou se promover na busca do poder. Não é diferente nos dias atuais. Com certeza, se Jesus estivesse aqui, ele viraria a mesa para vergonha de muitos.
Composição do colega Cláudio Kupka, “Oração da Igreja”.