O Conselho de Igrejas para Estudo e Reflexão (CIER) realizou, no dia 7 de outubro, sua 53ª Assembleia Geral Ordinária. Na oportunidade, os participantes debateram a caminhada ecumênica em Santa Catarina e as propostas de ação para 2020. O evento foi realizado no Centro de Formação Católica da cidade de Lages-SC.
No âmbito da Assembleia, outra atividade organizada pelo CIER, no mesmo local, foi o Seminário “Violências em nome de Deus”, com a assessoria do professor Luiz Dietrich, da PUC-Paraná. Participaram 19 pessoas, representantes de Dioceses e Sínodos. Entre os presentes estavam o presidente e o vice-presidente do CIER, pastor Inácio Lemke e dom Rafael Biernaski, bispo da Diocese de Blumenau, respectivamente.
O assessor abordou, com competência, a temática das violências em nome de Deus a partir de relatos bíblicos que nos fazem vislumbrar as diferentes violências em nome de Deus, também presentes em nossa sociedade.
Dietrich destacou que a diversidade religiosa é fruto da história. “Entender esta realidade é construir uma vivência que nos faça mais amorosos, humanos, fraternos, ou seja, pessoas melhores a cada dia. A forma que mais nos aproxima do entendimento de que Deus é o amor [está compreendida] em Jesus. A postura contrária é perpetuar a violência em nome de Deus, muito presente na história e em diferentes situações na atualidade”.
O professor ressaltou ainda que “a evangelização consiste em fazer crescer o amor dentro do cristianismo e dentro da imensa diversidade religiosa que marca as culturas humanas”, disse. “Que Jesus nos acompanhe por este caminho, que é verdade e vida, e nos ensine a verdadeiramente a adorar a Deus ‘em espírito e verdade’”, concluiu.
Dom Rafael lembrou que o desafio do ecumenismo é confirmar este caminho: “Cultivar a unidade no amor, a partir do Evangelho, com serenidade”.
Neste Seminário, os participantes manifestaram apoio e oração ao Sínodo da Amazônia. “Estamos unidos em favor da vida humana e da natureza. Importante é sermos igreja na perspectiva sinodal, isto é, caminharmos juntos”, afirmou o pastor Inácio Lemke.