O pastor já estava incomodado. Certo membro vinha ao culto todos os domingos, sentando bem frente. Mas, era sempre assim. Ele adormecia encostado na parede. Após a situação se repetir algumas vezes, o pastor tomou a liberdade de conversar com o sujeito, que lembrou ao pastor que era pai de gêmeos. Sábado era a noite dele cuidar dos meninos. Era pouco sono e muito cansaço. Ele confessou que gostava da igreja e do culto. Mas, infelizmente sempre chegava esgotado. Conversa vai, conversa vem. O pastor sugeriu a contratação de um confirmando que sentasse ao seu lado para cutuca-lo quando adormecesse. Meio a contragosto, o membro concordou. Então, o pastor conversou com o menino mais agitado da turma. A ideia era pegar dois coelhos num só momento. Disse ao menino: Você dá conta de manter o fulano acordado. No fim do culto lhe dou R$ 5,00. O menino que costumava sentar no fundão gostou da proposta, que funcionou perfeitamente no domingo seguinte. Mas, na segunda semana, mesmo com o garoto do lado, o sujeito adormeceu, quase roncando. Ao terminar o culto, o pastor chamou o confirmando ao lado e disse: Hoje não pago. Ele adormeceu. Ao que ouviu a pronta resposta: Não precisa! O fulano está me pagando R$ 10,00 para deixa-lo dormir. Tal narrativa tem uma pitada de piada, mas também possibilita algumas reflexões. Quando escutamos de Jesus “vinde a mim os cansados” é necessário abrir o leque para além do sentido espiritual. Entendo a casa e a presença de Deus como lugares de refrigério, onde a pessoa se sente bem. Se adormece devido ao estresse do dia a dia, porque não? Porventura, você já não adormeceu enquanto orava?