Fim de ano e início de um novo ano é tempo oportuno e normalmente serve para avaliações. Tive nesta semana três experiências semelhantes: ao saudar três pessoas, o assunto foi o ano. Nem foi necessário encaminhar a avaliação, foi bem automático. Parece que o ar da avaliação ainda está presente . Por isso quero lembrar-te de uma pequena história que li.
Um casal estava num restaurante e fazia um balanço do ano que estava chegando ao final. No meio da conversa o homem ficou a reclamar de algo que não foi conforme o desejado, e sempre voltava ao mesmo assunto. Refletindo a mulher olhava fixamente para a árvore de Natal, muito bonita, que enfeitava o restaurante. O homem achou que a mulher nem estava dando atenção a sua reclamação, e nem ouvia o que estava dizendo, procurando mudar de assunto, já que imaginava não estar sendo ouvido. Que bela árvore e que linda iluminação!
A mulher muito atenta a tudo que estava sendo dito, logo respondeu: é verdade, mas se você reparar bem, no meio do grande número de lâmpadas há uma queimada. Ela, esta lâmpada queimada, me lembra você. Em vez de ver as dezenas de coisa boas, bonitas que aconteceram no ano que está chegando ao final, você está fixando seu olhar na única lâmpada que não iluminou nada.
A avaliação sempre foi e será importante para todos, mas ela deve ser realizada com muito equilíbrio e especialmente com o embasamento na força da fé. Muitas pessoas fixam o pensamento em algo que não foi bom e esquecem do todo. Assim, é em relação aos funcionários, operários, amigos/as, filhos... pode ser que enxergamos algum defeito, dificuldade e deixamos de ver a grande gama de dons e qualidades. Deixar de ver o lado bonito da vida, do trabalho é dar ocasião para a desgraça. Avaliar é, sem dúvida, valorizar o tempo vivido, o aprendizado, os acertos, os erros... para dar passos mais firmes no futuro. Faz-se necessário lembrar que só existem dois dias no ano nos quais nada pode ser feito. O ontem e o amanhã, portanto hoje é o dia certo, para amar, acreditar, perdoar, e especialmente, viver. Sugiro, como oportuno, a leitura do Salmo 121.
P. Dalcido Gaulke