Assim diz o Salmo 95:
“Venham todos e louvemos a Deus, o Senhor.
Cantemos com alegria à rocha que nos salva.
Vamos comparecer diante dele com ações de graças, cantando alegres hinos de louvor.
Ele é o nosso Deus; nós somos o povo que ele guia, somos o rebanho do qual ele cuida”.
Estas palavras são uma confissão de fé e, ao mesmo tempo, um convite feito a todos nós. Se vocês estão vendo este vídeo é porque aceitaram o convite do Salmista para cantar, louvar, agradecer e porque confessam essa fé. Isso é muito bom. Que Deus permita que estes poucos minutos sejam um momento agradável a ele e de transformação para cada um de nós. Sejam bem-vindos! Sejam bem-vindas!
Pregação baseada em João 15.1-8
Em meio à vida agitada, muitas vezes as pessoas param, ligam a TV, olham um vídeo como este no Youtube ou quando é possível sentam-se num banco de alguma igreja e sentem que estão no meio de uma enxurrada. Ficam molhados dos pés à cabeça. Muitas palavras bonitas são ditas, melodias enchem o ambiente. Mas, ao terminar o culto, terminam mais secos do que ao início. Não adiantou, como dizia minha mãe: “entrou por um ouvido e saiu pelo outro”. A pessoa não se deu conta que ali tinha um momento especial, um contato especial. Talvez, os problemas da vida e do dia a dia não a deixaram saber o que realmente estava acontecendo. Enfim, não era o momento certo.
Mas também, em meio à vida agitada, pessoas param, ligam a TV, olham um vídeo ou se sentam no banco de uma igreja e sentem que estão num momento especial. O Evangelho vem junto com as palavras, a letra que acompanha às melodias faz diferença, mexem com o coração da gente. Não são mais palavras vazias, são palavras que me ajudam a entender o amor de Cristo por mim, por meus irmãos e irmãs na fé, por toda a criação. Deus usa instrumentos humanos para comunicar sua mensagem. Deus usa a Igreja, sua criação, para que possamos sentir seu amor por nós.
Podemos nos aproximar de Deus assim como somos, com nossas falhas e defeitos. Muitas vezes pensamos que não podemos aproximar-nos de Deus, pois somos pecadores. Mas, justamente Deus em seu amor nos justifica, ou seja, por sua graça, apaga de nós o pecado e nos permite estar perto dele. No Batismo, Deus nos chama por nosso nome e nos aceita como seu filho, como sua filha. Cada pessoa batizada é importante na vida comunitária, as pessoas colocam seus dons ao serviço da igreja na sua expressão local, a Comunidade. Somos todos santos e pecadores. Nesse sentido todos somos iguais, não importa se for homem ou mulher, com muita ou pouca idade, todas as pessoas podem servir na igreja.
Jesus nos alerta, bons frutos devem aparecer, senão vem a poda. Por isso, podemos entender a exortação de Jesus: “permaneçam em mim”. Cada um de nós é chamado a permanecer fiel a nossa fé. Ser um ramo na videira não significa só ter uma relação mística com Jesus Cristo, não é agir que nem vegetal. A vida de uma pessoa com uma relação íntima com Deus é troca, é abandono, é entrega. Assim como os ramos dependem completamente da seiva que vem do caule para o seu sustento, nós cristãos dependemos de Deus. O alimento que Deus nos dá, faz com que saibamos que não podemos seguir nossas vidas do mesmo jeito. A fé implica em decisões sempre renovadas diante das situações que nossa existência nos coloca. Tomar boas decisões, para apresentar bons frutos. Bons frutos são tudo aquilo que demonstram que temos fé, que estamos sempre dispostos a agir em obediência ao Senhor. A exortação de Cristo, pode ser resumida no duplo mandamento do amor, amar a Deus e a próximo.
A ética deveria basear-se no pensamento de Lutero que diz “o cristão é senhor livre de tudo, a ninguém sujeito – O cristão é um servo dedicado a tudo, a todos sujeito”. O ser livre se dá na fé, no servir, no amor. Nós como seres individuais poderíamos fazer o que quisermos, mas existem leis e normas que nos ajudam a viver em sociedade. No dia a dia, não devemos preocupar-nos por alcançar a salvação, essa Jesus Cristo já alcançou para nós e nisso devemos acreditar. Podemos viver ocupados fazendo o bem. Os bons frutos terminam sendo reflexos da nossa vida cristã, do amor de Deus em nossas vidas. Isso acontece não somente dentro da igreja-instituição, mas no dia a dia, ali onde estamos e vivemos somos chamados a sermos sal e luz do mundo.
Que Deus nos ajude a que produzamos muitos e bons frutos para a sua glória. Amém.
