Uma velha estória contada de um novo jeito

Meditação

10/09/2010

Era muito complicado lidar com o menino,

Quanto maior, mais teimoso.

De sua boca saiam xingamentos e palavrões.

Era ríspido com as pessoas e os animais.

Dia a dia o pai estava mais preocupado.

Certo entardecer, ele convidou o menino para uma conversa no sofá.

O pai amava o menino. Por sua vez, o menino ouvia o pai.

O pai lhe falou sobre suas atitudes e a possibilidade de mudança.

Alcançou-se um pequeno saco de lona com pregos,

Dizendo: Agora, quando você fizer uma maldade e...

Alguém lhe criticar ou sua consciência apertar...

Você irá até a porteira da fazenda,

Colocando um prego no moirão.

O pai, em sua divina sabedoria,

Sabia que, à medida que o filho caminhasse em direção à porteira,

Iria refletir sobre o erro cometido.

O filho que queria melhorar topou a missão.

Fora de controle, no primeiro dia,

O menino colocou 17 pregos no moirão.

No segundo e terceiros dias, outros tantos.

Mas, logo descobriu que era mais fácil se controlar,

Do que caminhar até a porteira e fincar lá um prego.

Ou seja, à medida que o tempo passava o menino foi se controlando,

Diminuindo assim o número de pregos.

Foi assim até o dia em que não colocou prego algum.

Ele se deu conta do mundo diferente criado à sua volta.

Os cachorros e gatos que passavam longe dele para não levar um coice...

Agora se esfregavam nele para receber um dengo.

As pessoas que queria distância dele...

Agora lhe cumprimentavam.

Até recebia beijocas das mulheres.

Orgulhoso, contou ao pai, que o convidou para novo diálogo.

O pai que já tinha observado a mudança e suas conseqüências,

Desafiou-lhe para nova missão. Era a segunda etapa.

Pediu que lhe alcançasse o saquinho de lona e disse:

Agora, cada dia que você conseguir passar sem aprontar,

Irá retirar um pregou do moirão, colocando no saquinho.

O menino obediente topou o desafio.

Alguns dias não conseguia, mas em muitos outros ia tirar um prego.

E, assim foi... Cada dia crescia mais, física, emocional e espiritualmente.

Por fim, chegou contente ao último prego.

Era amado e respeitado.

O pai, então, o convidou para irem juntos à entrada da fazenda.

Pararam junto ao moirão. O pai perguntou: Cadê os pregos?

Ora, pai – disse o filho – no saquinho.

O que você vê? – continuou o pai. Olhe bem de perto.

As marcas dos pregos! Olhe ao lado dos furos. Olhe no chão, junto ao moirão.

É... Amassados do martelo, feitos pela pressa e raiva.

Lascas da madeira pelo excesso de força...

O moirão – continuou o pai – nunca mais será o mesmo.

Sempre carregará nele as cicatrizes do que experimentou.

Por isso, meu filho – disse o pai: Agradeça a Deus pela tua vitória.

Mas, lembre-se: As pessoas que você machucou continuam à tua volta.

As relações foram curadas. Mantenha-as curadas.

Não cutuque. Não machuque de novo.

Caso aconteça, faça o possível para que sejam saradas novamente.



Cria em mim, ó Deus, um coração puro.

Renova dentro de mim um espírito inabalável.

- Salmo 51.10 -


Autor(a): Paróquia Martinho Lutero Garuva
Âmbito: IECLB / Sinodo: Norte Catarinense / Paróquia: Garuva-SC (Martinho Lutero)
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 8737
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