Paro e admiro as árvores. Elas nos dão sombra, frutos e flores. Elas são diferentes umas das outras e valorizadas por sua múltipla utilidade. Algumas fornecem a madeira, o néctar ou até mesmo as folhas como remédio ou alimento. Confesso que diariamente preparo e curto com paixão um gostoso chimarrão. As árvores mantêm a água no solo, mas também podem drená-lo. Evitam a erosão. Protegem moradias. De todos os jeitos, elas nos cercam. Certa vez, numa caminhada pela mata, irritei-me ao encontrar uma moita de “unha de gato”. Sabia que, num descuido, sairia arranhado. Todavia, diante dela, observei que muitas aves encontravam abrigo nos seus galhos espinhentos. Igualmente notei muitas abelhas em busca de suas flores. Deus é Grande. A riqueza da criação é enorme, revelando maravilhas. Sobre as pessoas, também paro, admiro e reflito. Diante do Criador somos todos iguais. Mas, também distintos uns dos outros. Há valores comuns. Mas, nem sempre há semelhanças nos dons e serviços. Por exemplo, citei o chimarrão. Alguém plantou o erval, outro desbastou suas folhas e levou à ervateira. Depois, o produto foi empacotado e vendido. Tudo para as pessoas aproveitarem um mate gostoso. Cada qual com sua contribuição. Nas palavras do Salmista, há um desafio: “O justo é como a árvore plantada junto ao ribeirão que, no devido tempo, dá o seu fruto” (Salmo 1.3). Coloque-se junto à Água da Vida (João 4.13), servindo ao Criador. Que cada qual frutifique do seu jeito, no seu tempo.
Em 1973, Telmo de Lima Freitas gravou “Cevando Mate”...