Era em Berlim no dia 23 de dezembro de 1928. O inesquecível Capelão Universitário Carl Sonnenschein estava na fila do caixa do banco para sacar dinheiro.
Na sua frente uma mulher de idade estava conversando com o caixa sobre um pequeno crédito.
“Amanhã é a Noite de Natal, minha neta vem de visita e não tenho mais nenhum tostão em casa.”
O caixa orientou a mulher de se dirigir ao departamento de crédito. “Mas é de lá que estou vindo,” respondia a mulher com um ar de tristeza.
Cedendo o lugar ao Pastor Sonnenschein ela passou ao lado do caixa. Ela ainda estava lá quando Sonnenschein conferia o dinheiro sacado.
Ele percebeu que ela estava o observando. Sem pensar muito ele foi até ela e pôs uma nota dobrada de dinheiro na mão dela.
A mulher olhou surpresa para o dinheiro, ficou com o rosto vermelho e falou: “Não, não posso aceitar isto!”
Sonnenschein entendeu que esta mulher certamente já havia vivido tempos melhores e provavelmente havia empobrecida.
Ela tremia de agitação. Como ela devia agir? Aceitar o dinheiro? Será que ela tinha parecia com alguém que pedia esmola? E o homem na sua frente era uma pastor.
Será que ela podia rejeitar a ajuda? Ela estava precisando mesmo. Será que iria ofender o homem que só queria ajudá-la?
Sonnen-schein sentia o que estava se passando pela cabeça da mulher. “Deus, por favor, uma palavra!” ele pensou, “a palavra certa, uma ponte dourada sobre a qual nos podemos encontrar.!”
Ai veio a sua mente a palavra certa. A mulher falou de novo: “Não posso aceitar o dinheiro, nem de um Pastor!” Mas Sonnenschein respondeu: “Mas você pode aceitar como presente do menino Jesus!”
De repente a mulher sorriu aliviada e colocou o dinheiro na sua bolsa. E Sonnenschein ficou contente com o aperto de mão grato dela.
P. Guilherme Nordmann