O velho sábio vivia como andarilho. Vagava de vila em vila pedindo esmolas e compartilhando os seus conhecimentos “de graça”. Certa manhã um moço se aproximou com a seguinte conversa: Há muitos anos, no seu leito de morte, meu avô me disse que mais adiante eu encontraria um mendigo que, apesar de sua aparência, me daria um tesouro de valor inestimável. Isto mudaria completamente a minha vida. Quando lhe vi, percebi de imediato que era o mendigo do qual meu avô profetizou. Por favor, me dê o tesouro prometido. O sábio, sem falar nada, enfiou a mão no alforje de couro bem desgastado e em seguida lhe estendeu a mão, dizendo: Então, deve ser isto! Entregou-lhe uma esmeralda que mal cabia na mão. O rapaz levou um grande susto e exclamou: Tal pedra deve ter um valor enorme! É mesmo? Pode ser... Disse o sábio. Eu a encontrei no bosque. Muito bem... Quanto devo lhe dar por ela? Nada! Ela não me serve. Não preciso dela. Se você quiser, leve-a consigo. Afinal, não foi isto que o seu avô lhe disse? Sim! Foi isto que ele me disse. Muito confuso, o moço escondeu a pedra na bolsa e foi embora. Entretanto, meia hora mais tarde voltou. Encontrando o sábio no mesmo lugar, devolveu-lhe a pedra. Tome sua esmeralda e me dê o tesouro... Disse o jovem com firmeza. Não tenho nada para lhe dar... Respondeu o andarilho. Tem sim! Quero que me ensine como conseguiu abrir mão da pedra sem que isso lhe incomodasse. Aquele moço, então, passou um bom tempo ao lado do sábio até que aprendeu o que era o desapego. Leia 1 Timóteo 6.8.