Por décadas, há uma luta intensiva no mundo inteiro pelo controle da Poliomielite, um mal também conhecido como “paralisia infantil”. Atinge a medula óssea, fazendo com que, principalmente, em recém-nascidos, as pernas tenham má formação. Não tem cura. Mas, pode ser evitado com a vacinação das crianças. A UNICEF e o Rotary Internacional tornaram-se os principais captadores de recursos às campanhas de vacinação. Como parte da campanha do governo brasileiro conta com a ajuda do famoso “Zé Gotinha”. O combate e controle quase integral da situação é uma conquista moderna. Todavia, a doença é antiga. Na Bíblia são citados inúmeros casos de paralisia ou atrofia de membros. Possivelmente, alguns ocorreram devido à acidentes, como Mefibosete (2º Samuel 4.4). Todavia, outros são casos de paralisia infantil. Jesus encontrou inúmeras pessoas paralisadas. O evangelista apresenta Jesus curando um paralítico. Ouçam a história que encontramos em Marcos 2.1-12...
Jesus entrou em Cafarnaum. Ele sentia-se em muito bem naquela cidade. As pessoas vinham procura-lo. Jesus fazia questão de lhes ensinar a Palavra de Deus. Todavia, muitos queriam apenas receber alguma cura ou ver algum milagre. Naquele dia, em especial, quatro amigos trouxeram um paralítico para que Jesus o curasse. Mas, a multidão era tanta que não havia jeito daqueles homens entrarem pela porta da casa. Então, eles resolveram abrir um buraco no telhado, descendo o paralítico sobre Jesus, que se admirou da fé daqueles amigos Então, disse ao paralítico: Filho! Os teus pecados estão perdoados. Naquela sala estavam alguns religiosos que ficaram incomodados com o que ouviram. Eles entenderam que Jesus estava blasfemando ao dar perdão, que só caberia a Deus. Espiritualmente, Cristo percebeu o questionamento dos religiosos. Em voz alta perguntou: O que é mais importante, o perdão dos pecados ou a cura do corpo? Para que vocês reconheçam a minha autoridade, digo também: Amigo! Levanta-te, pegue sua maca e vá para casa! Imediatamente o paralítico se levantou, retirando-se da sala. As pessoas se admiraram e deram glórias a Deus.
Cafarnaum era uma bela cidade à beira mar. Jesus conhecia-a muito bem. Muitos que viviam lá também sabiam quem era Jesus. Quem sabe até moravam ali alguns parentes dele. Amigos, com certeza. Jesus estava pregando, ensinando e curando pessoas. Muitos o procuravam. Alguns por necessidade, sejam espirituais ou físicas, outros tantos apenas por curiosidade. Um grupo de amigos resolveu levar um paralítico à presença de Jesus na expectativa de que Cristo o curasse. Devido à aglomeração e insensibilidade geral, não conseguiram sequer chegar perto da porta. Por isso, subindo ao telhado, abriram um buraco, pelo qual desceram a maca com o paralítico diante de Jesus, que se admirou da “garra” daqueles homens, elogiando a fé que eles tiveram. Como parte de seu ensino, estrategicamente Jesus concede o paralítico o perdão dos pecados. Eles ansiavam pela restauração física. Mas, Cristo perdoa, quebrando a expectativa inicial. Todavia, abrindo espaço à reflexão, deixando bem claro qual, de fato, era a sua missão. Ou seja, de nada adianta a cura física se o coração continua preso ao pecado. Jesus reforça a verdade bíblica dita noutro contexto: “Não adianta a pessoa ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma”. Muitos acham que saúde é a coisa mais importante. Mas, adiante ter saúde física com falta de paz de espírito? Cristo não é apenas um milagreiro ou alguém em busca de fama. Ele é Salvador, aquele que restaura nossa relação com Deus.
Ao quebrar a expectativa daqueles amigos, Jesus deixa claro qual mal está cravado no fundo de todo ser humano, que somente Jesus pode resolver. Ele mesmo se identifica como Deus, gerando assim um atrito com os “religiosos” que estavam presentes naquela sala. Eles indignaram-se por Jesus revelar sua identidade divina, a qual eles não aceitavam de jeito algum. Sem reconhecer a divindade de Jesus, o acusam de blasfêmia. É um dilema. Crer ou não crer? Por fim, atendendo a expectativa dos amigos, Jesus ordena: Levanta-te! Aquele homem que passou anos ou quem sabe a vida inteira preso ao leito, dependente dos demais, agora estava em pé. Por conta própria, pegou a maca e foi para casa, mostrando à família sua restauração. Mas, não esqueçam. “As pessoas veem o exterior. Deus vê o coração” (1 Samuel 16.7). Será que ficou claro aos amigos e à família que o maior milagre aconteceu no coração daquele homem?
Compartilho agora algumas lições do relato bíblico. Procure ser íntimo de Jesus. Sinta-se em CASA com ele. Permita que ele se sinta em casa na sua casa. Convide-o para entrar no seu coração, na sua família. É uma decisão urgente que você pode tomar. Sua vida vai mudar. Você encontrará a felicidade. Não esqueça jamais que todos precisam de cura. De certa foram, em alguma área somos afetados pela PARALISIA. Doenças, acidentes físicos, traumas, falta de amor e de perdão travam nossa vida. O diabo sabe usar muito bem tais recursos. Mas, Jesus cura e nos liberta de toda e qualquer paralisia. Não seja egoísta. Lembre-se de que vivemos em grupo. Somos FAMÍLIA E COMUNIDADE. Ao meu redor há um círculo de amigos. Eu tenho meus impedimentos. Os outros, também. Onde podemos ajudar? Quem posso encaminhar a Jesus? Peça uma luz para Deus. Coloque-se em ação. Envolva outras pessoas no socorro. É óbvio que você encontrará OBSTÁCULOS, tanto na cura pessoal, quanto na ajuda ao semelhante. A fé liberta, mas exige esforço e dedicação. Entende-se aqui também a expressão “carregar a cruz”. Você ouvirá todo tipo de desaforo e alguns tentarão trancar a tua caminhada espiritual. Mas, certa é a verdade de que “para quem não sabe para onde vai qualquer caminho serve”. Todavia, se o caminho é Jesus, o destino é a salvação. Basta segui-lo. Apegue-se unicamente ao modelo de Jesus. Mirando nos profetas do Antigo Testamento, sabemos que à igreja cabe ser voz profética, denunciando injustiças. A diaconia sempre esteve presente na vida eclesial. O envolvimento com educação, obras sociais, cura de doenças, expulsão de demônio é necessário. Todavia, nossa principal tarefa é apontar para Jesus como único Salvador. Jamais deixe de assumir a verdade de que somos pecadores. O mal que há no mundo decorre do nosso afastamento de Deus. Só Jesus é a solução. Então, reconheça e volte ao Senhor. Caso contrário, tudo está perdido. Por isso é que Jesus fez questão de salientar: Meu amigo! Os teus pecados estão perdoados. Por fim, uma última lição: O paralítico andou! Graças a quem? Aos amigos que o auxiliaram? Com certeza, sim. Seja, então, um amigo assim. Graças ao poder de Deus? A fé cura! A fé da própria pessoa, dos amigos, da comunidade... É um conjunto. Agora, é necessário perguntar: Basta a cura física? Basta o milagre? Basta uma experiência com Deus sem um compromisso na sequência? O paralítico andou graças ao PERDÃO concedido por Jesus. A maior libertação e o maior milagre é a salvação. É reconhecer quem é Jesus e o que ele fez na cruz. E, então dizer de peito aberto: Eu quero andar com ele. Eu quero ser seu discípulo. Amém!