Alfredo procurava tirar da lavoura de fumo o sustento para sua família. O primeiro golpe trouxe “pavor”. Um raio estourou próximo à sua casa, arrebentando portas e janelas. A esposa e os meninos pequenos ficam cheios de medo. Todavia, ninguém se feriu. Também, o estrago não foi grande. Semanas depois, outro golpe... Um temporal de vento intenso com granizo. As pedras eram miúdas. Mas, a quantidade arrasou por completo a lavoura. Justo naquele ano em que, pensando reter um pouco mais de dinheiro, não segurou sua plantação. O que fazer? Do fumo vinha o sustento, que virou em nada. O medo das trovoadas e a falta de opção fez com Alfredo, após intenso diálogo familiar, resolvesse colocar à venda a propriedade. Não eram muitas terras. Mas, era sua herança. Com dor no coração, trocou o chão por um caminhão e algum dinheiro na mão. Assim saiu do seu rincão, vindo a morar em terra estranha. Muito dedicado e caprichoso... Zeloso com sua família... Economizando ao máximo, mantinha seu caminhão rodando. Conseguiu ajeitar bem a morada e trocou de caminhão. Assim, ano após ano foi melhorando. Os filhos pegaram a bom sistema dos pais: Cuidar da família e do trabalho. Assim cresceram, assim enriqueceram... E, pensar que tudo começou com uma “quase” tragédia. As dificuldades fazem parte da vida. Alguns ficam parados diante das “provas” da vida. Outros veem nelas um desafio para reinventar a caminhada, mostrando fibra e fé. Por isso, precisamos aprender constantemente a viver a prece: Pai! Livra-nos do mal... Mas, sempre sob a ótica de que “seja feita a tua vontade” (Mateus 6.9-13).