Um punhado de feno

01/03/2007


A parábola do bom samaritano impressionava-me profundamente como menino. Sempre de novo eu me perguntava: Será que o samaritano e o ferido se encontraram mais uma vez? Uma frase da prédica de um africano ajudou-me na minha reflexão.

Quando o samaritano voltou da viagem, uma família estava diante da porta de sua casa.
- Este homem protegeu-me da morte - disse o homem a sua mulher e a seu filho. Depois dirigiu-se ao samaritano, dizendo:
- Após agradecermos a Deus no templo, viemos até a sua casa. Como sinal de nossa gratidão eu trouxe azeite e vinho. Antes eu desprezava os samaritanos, agora sei que também entre eles vivem verdadeiros filhos de Deus.


A esposa do curado ofereceu ao samaritano uma roupa, dizendo:

- Meu marido contou-me que a roupa do senhor foi manchada de sangue e sujeira quando o senhor o ajudou. Teci uma nova roupa para o senhor. Por favor, aceite-a!

O samaritano respondeu:

- Não é necessário que vocês reponham as minhas despesas. Para filhos de Deus é natural ajudar aos outros que estão em necessidades.

Então o filhinho do curado parou-se diante dosamaritano e disse:

- O senhor ajudou meu pai. Também o seu jumento ajudou a carregar meu pai. Por isso eu trouxe um punhado de bom feno para o jumento. Não posso ajudar muito bem os outros, porque ainda sou pequeno, mas já posso colaborar, assim como o jumento.

O samaritano alegrou-se muito com essas palavras, e o jumento com o punhado de feno.


Oração:

Meu Jesus, muitas vezes não posso ajudar tanto quanto o bom samaritano. Faze-me então ajudar pelo menos tanto quanto o seu jumento. Amém!

Johnson Gnanabaranam, Uma nova dança, pg 36.
Editora Sinodal

 


Querida e querido internauta

Assim como Jesus Cristo contou a parábola do Bom Samaritano (e ela tornou-se uma das mais conhecidas parábolas), assim também Johnson Gnanabaranam nos auxilia a entendermos o significado da GRATIDÃO a partir desta parábola que você acabou de ler.

A gratidão é o tema mais importante no texto acima. O homem que teve sua vida salva por um samaritano expressa sua gratidão de duas formas:

1) Ele vai ao templo para agradecer a Deus;
2) Ele vai ao encontro do samaritano para lhe agradecer pelo seu gesto, pela sua ação.

Creio que podemos aprender com este gesto. No mundo de hoje, gratidão é quase como um ato desconhecido, ou então, visto como ato de humilhação. O fato de agradecermos a Deus e a alguém significa reconhecimento de que sozinhos não teríamos dado conta do recado. Este reconhecimento, na verdade, nos torna mais humanos e tira de nós toda e qualquer arrogância de nos sentirmos super-homens e super-mulheres. Sim, nós necessitamos da presença e da ação de Deus e do próximo em nossa vida.

Mas o texto também nos mostra que a gratidão do homem influenciou a vida de sua esposa e de seu filho. Também eles expressaram sua gratidão pela vida do esposo e do pai presenteando o bondoso e caridoso samaritano.

Quero desafiar você a reconhecer nas pequenas (e grandes) coisas que acontecem na sua vida como algo que merece gratidão. Ser agradecido nos faz, com certeza, pessoas mais felizes. Ser agradecido faz com que as pessoas que nos cercam sejam mais felizes. E... nossa gratidão alegra o coração de Deus, pois...
A ingratidão é a dor que dói no fundo do coração! Eu não quero, eu não quero que o bom Jesus sofra com a minha ingratidão!. (Cancioneiro Infantil)

Um abraço carregado de gratidão por você tirar um tempinho e ler as meditações toda quinta-feira,

Klaus Dieter Wirth, pastor


Autor(a): Paróquia de Uberlândia
Âmbito: IECLB / Sinodo: Brasil Central / Paróquia: Uberlândia (MG)
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 7344
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