Um ladrãozinho regenerado!

07/02/2020

No veraneio, o moço encontrou seu antigo professor estirado na praia. Cumprimentando-o, perguntou: O senhor lembra de mim? Não! Foi a resposta imediata. Então, Francisco se identificou como um antigo aluno. O que você faz para viver? Questionou o mestre. Sou professor! Sem muita empolgação, disse: Que bom! Como eu, então? Todavia, Francisco estava muito feliz com o reencontro. Aproveitou para dar seu testemunho: Na verdade, tornei-me professor porque você me inspirou. O velho mestre ficou curioso, escutando com atenção a história: Professor! Há muitos anos, um colega chegou na sala com uma caneta de luxo, banhada a ouro. Num impulso negativo, roubei a caneta no recreio. Mas, é óbvio. Ao retornar, o colega sentiu a falta. De imediato reclamou ao professor, que era você. Com autoridade devida, o senhor parou a aula e disse: Uma caneta valiosa desapareceu. Quem a encontrou ou pegou por descuido, devolva-a. Eu fiquei envergonhado. Também, não desejava devolve-la. Então, o senhor fechou a porta. Pediu que ficássemos em pé, determinando que iria vasculhar nossas classes e bolsos até encontrar a caneta. Mas, também pediu para fecharmos os olhos. Só começaria a busca se todos estivéssemos com os olhos bem fechados. De classe em classe, de bolso em bolso... Quando chegou no meu, o senhor encontrou a caneta e a pegou. Todavia, continuou procurando na classe de todos os demais. Quando terminou disse: Agora vocês podem abrir os olhos. A caneta já está na mesa do colega que a perdeu. Então, Francisco deu seguimento ao seu testemunho: O senhor não disse mais nada, nem para mi, nem para ninguém. Nunca mais mencionou o episódio. Naquele dia, você resgatou a minha honra. Confesso que foi o dia mais vergonhoso da minha vida. Mas, também foi o dia em que decidi ser uma pessoa melhor. Recebi uma prova de amor, igualmente uma lição de moral. Entendi que Deus tinha um propósito à minha vida. Graças à sua atitude, percebi o que um educador deve fazer. Professor! Você lembra desse episódio? Sim! Lembro-me da caneta roubada. Mas, não me lembro de você. Enquanto procurava, mantive minha cabeça baixa. Não me fixei no rosto dos jovens. Apenas, na altura da cintura revistava bolsos e classes. Em seguida, os dois se abraçaram. Leia Provérbios 22.6.


 


Autor(a): P. Euclécio Schieck
Âmbito: IECLB / Sinodo: Norte Catarinense / Paróquia: Garuva-SC (Martinho Lutero)
Área: Confessionalidade / Nível: Confessionalidade - Prédicas e Meditações
Testamento: Antigo / Livro: Provérbios / Capitulo: 22 / Versículo Inicial: 6
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 55015
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Vocês vão me procurar e me achar, pois vão me procurar com todo o coração. Sim! Eu, afirmo que vocês me encontrarão.
Jeremias 29.13-14
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